Resenha de “O perfuraneve”
Título: O Perfuraneve Autores: Jacques Lob, Jean-Marc Rochette e Benjamin Legrand. Ano de publicação: 1984 e 1999 Resenha: Um desastre nuclear muda o clima da Terra e as baixas temperaturas se tornam insuportáveis para os homens, que chegam próximos da extinção. Os únicos sobreviventes são aqueles que encontraram refúgio em um trem de tecnologia jamais vista até então, o Perfuraneve, um veículo gigantesco, com mil e um vagões. Contudo, após a garantia da sobrevivência, não demora para que antigas mazelas humanas voltem a fazer parte do cotidiano daquelas pessoas: problemas de convivência aparecem, passageiros são divididos por vagões de acordo com suas classes sociais e o racismo atormenta parte daqueles que vivem no que se transforma em uma espécie de condensação do mundo anterior ao desastre. O livro em si contém três volumes, sendo os últimos dois um tanto quanto mais sombrios que o primeiro. Neste, podemos observar diversas características de nossa sociedade e criar muitos paralelos com cunho religioso e social, por exemplo o fato que de a religiosidade está ligada à locomotiva, ou seja, os religiosos doutrinam o trem e seu movimento perpétuo, conhecemos também toda a organização social do trem, e com isso, os fundistas e a rebelião que acontece no fundo do trem desencadeando uma série de acontecimentos com muita ação. Na segunda história conhecemos os exploradores e toda a relação de poder e informação que os cercam, já que eles são responsáveis por explorar o mundo pós apocalíptico e acabam descobrindo coisas que não deveriam levando a uma série de conflitos com os líderes do trem. Já na terceira história intitulada de A Travessia” o grande dilema se trata de uma comunicação vinda de fora na forma de música, a qual eles acreditam que seja um tipo de civilização externa, a alienação fica bem aparente nesta parte com todos os acontecimentos ocorrendo afim de chegar na fonte dessa comunicação. O texto em geral é um tanto quando confuso, deixando brechas e informações incompletas durante a história, mas no geral é muito bom e segue a linha de instigar o leitor e despertando a curiosidade para saber o desfecho de tudo isso. Autor da resenha: Allan Felipe Gaspareto Machado.