Resenha: O poder do hábito
Autor: Charles Duhigg. Ano de publicação: 2012. Gênero: Autoajuda. Apenas com o nome deste livro é possível ser levado a reflexões sobre coisas que nunca paramos para pensar, isto é, sobre a existência dos hábitos e o porquê caímos em rotinas, por exemplo. Este livro busca realmente mostrar isso, revelando como os hábitos determinam as maneiras como consumimos e vivemos, além de conseguir compreendê-los e mudá-los potencialmente. O autor Charles Duhigg divide o livro em três partes: na primeira tratando dos hábitos e das rotinas das pessoas; na segunda abordando os hábitos das empresas e das grandes organizações; e, por fim, os hábitos sociais. Como forma de atestar seus argumentos, o autor apresenta diversas pesquisas bem interessantes. Com o objetivo de entender como funcionam os hábitos, o autor buscou estudar os cérebros, encontrando, assim, padrões, vistos após análises: mesmo após sofrer com problemas de saúde, algumas pessoas mantinham hábitos os quais não eram possíveis serem explicados por meio da lógica. Para entender esse padrão, Duhigg mostrou um estudo realizado no final do século XX pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), no qual descobriram um ciclo neurológico em todos os hábitos, denominado como o Loop do Hábito. Perceberam que esse ciclo era constituído por três partes, sendo estas: a deixa, a qual representa o estímulo que manda o cérebro entrar em modo automático; a rotina, que é a forma de executarmos a deixa; e uma recompensa, a qual ajuda o cérebro a saber se vale a pena memorizar o hábito. Uma questão interessante trazida pelo autor é que, com ausência dessa recompensa, gera-se uma ansiedade com relação ao resultado, podendo esse fato ser remetido às pessoas que fumam, bebem ou jogam compulsivamente, por exemplo, pois anseiam por uma sensação boa que está por vir. Como é possível perceber, em nossas vidas não existem apenas hábitos bons, existem também os hábitos ruins, ou seja, os que, de certa forma, trarão-nos problemas de alguma forma em nossas vidas, podendo ser em nossas saúdes, empregos ou meios sociais. Dessa forma, é exposto que qualquer hábito, por mais complicado que pareça, pode ser moldado, uma vez que até os alcoólatras mais viciados conseguem ficar sóbrios, por exemplo. Para modificar um hábito, mostrou-se a necessidade da identificação das deixas e recompensas que impulsionam as rotinas, e de mudar essas rotinas. Pode não fazer sentido, mas se não fosse pelos hábitos, toda vez que uma pessoa entrasse para dirigir um carro, por exemplo, ela teria que começar tudo novamente, como se fosse a primeira vez. O hábito é sua capacidade de operar no piloto automático, realizando atividades complexas sem a necessidade de comportamentos conscientes. Para quem possui interesse em entender melhor sobre os diversos hábitos praticados diariamente, identificando os bons e maus, e formas de mudá-los, este livro serve como uma boa recomendação de leitura, a qual flui de forma natural pela sua escrita bem-feita. Autor da resenha: Matheus Vieira.
Excelente resenha, Apenas fiquei confuso na classificação de gênero do livro, achava que era de desenvolvimento pessoal mas na verdade é autoajuda mesmo. Excelente texto. Parabéns