Resenha: A luz das estrelas
Autora: Lilia Irmeli Arany-Prado.
Ano de publicação: 2006.
Nos dias de hoje, a Astronomia e Astrofísica vêm sendo um ótimo meio de divulgar ciência, e parece chamar a atenção de muitas pessoas, com os estudos sobre as estrelas, galáxias, supernovas, planetas, buracos negros e muitos mais. À Luz das Estrelas cumpre muito bem com o papel de introduzir aqueles que desejam começar a estudar Astronomia e Astrofísica no mundo dessas ciências, ou simplesmente aqueles que têm um quê a mais para essas áreas.
O livro faz um tratamento muito explicativo, tornando claro cada detalhe sobre a linguagem científica utilizada, e também faz uma ótima introdução a algumas das teorias da Física que servem de base para o assunto, como Eletromagnetismo, Teoria Atômica da Matéria e Mecânica Quântica, explicando também a matemática utilizada.
O início traz um contexto histórico para o leitor, mostrando a evolução do estudo da Astronomia e Astrofísica. Em seguida, explica-se a classificação de estrelas quanto a vários parâmetros.
A parte mais complexa é deixada para perto do final, que trata das reações termonucleares que “alimentam” as estrelas, após uma explicação sobre fenômenos de radioatividade e física de partículas. Ao terminar o livro, o leitor poderá ter construído uma boa base sobre como nascem, vivem e morrem as estrelas, pois também é apresentado sobre remanescentes estelares, incluindo os famosos buracos negros.
Por fim, gostaria de expor aqui algo para se pensar, algo que a própria autora, Lília Arany-Prado, achou adequado colocar: frente a tantas descobertas nas ciências de hoje, e a tantas áreas de conhecimento, alguém pode se perguntar a utilidade de algumas destas, podendo alegar haver nenhuma [utilidade] no presente momento; nas palavras da autora, “É interessante também lembrar que em alguns momentos da história, a descoberta científica esteve muito à frente de alguma aplicação prática que, por sua vez, acabou por se transformar em uma aplicação de uso diário em todo o mundo. Isso nos ensinou que não se deve duvidar da utilidade da ciência, mesmo que em um dado momento não se saiba para quê serve uma teoria aparentemente estranha ou uma descoberta aparentemente inútil.”
Autor da resenha: Bruno Lisenko Ribeiro.