Barbara McClintock

Barbara McClintock

Barbara McClintock, nascida em Hartford, capital de Connecticut, no ano de 1902, foi laureada com o Nobel de fisiologia ou medicina de 1983 pela sua descoberta sobre elementos genéticos móveis em plantas.

Quando mais nova, seu interesse pelos estudos não foi bem visto pelos seus familiares, em especial por sua mãe que acreditava que os estudos afastariam a menina do casamento. Entretanto, com apoio de seu pai, mais tarde, Barbara ingressou para a Faculdade de Agricultura de Cornell em 1919.

Logo após receber seu bacharelado em agricultura no ano de 1923, decidiu ingressar na pós-graduação, então, cinco anos depois, em 1927 ainda pela Cornell, Barbara já havia completado o mestrado e doutorado (ambos na botânica), sendo nomeada logo em seguida como instrutora do departamento de botânica de Cornell.

Em 1936, nove anos após finalizar deu doutorado, McClintock ingressou, a trabalho, para a Universidade do Missouri, na Columbia. Lá trabalhou até 1941 como professora assistente. Durante esse período, desenvolveu seus estudos com raios-x e descobriu que quebras, fusões e pontes (ligações) de cromossomos podem originar mutações em grande escala. Essa descoberta foi denominada ciclo de BFB (Breakage-Fusion-Bridge) e demostra a instabilidade cromossômica.

No ano de 1941, logo após sua saída da Universidade do Missouri, Barbara McClintock se tornou professora da Universidade de Columbia. Um ano mais tarde, aceitou um cargo temporário em genética no Cold Spring Harbor Laboratory, em Long Island. Apesar de temporário, McClintock trabalhou lá pelo resto de sua carreira.

Três anos mais tarde, em 1944, Barbara se tornou a terceira mulher a ser eleita para a Academia Nacional de Ciências da América. Nesse mesmo ano iniciou seus estudos sobre os cromossomos do milho e suas relações com o padrão de cores. Suas conclusões sobre os estudos foram que as gerações descendentes de cromossomos eram reorganizações dos cromossomos originais (cromossomos-mãe). E que os cromossomos pareciam ser cortados e redirecionados para novas posições.

McClintock apresentou seu trabalho em 1951, entretanto, sua real importância só foi notada em 1970, quando a transposição cromossômica foi descoberta ocorrendo em vírus e bactérias. Diante disso, uma série de prêmios foram entregues a cientista nos anos que se seguiram, incluindo o Nobel de 1983.

Barbara morreu em 1992, aos noventa anos. Durante sua vida não foi casada nem teve filhos. Seu corpo foi enterrado no cemitério rural de Huntington, em Nova Iorque, local onde faleceu.

Texto por: Mariana Carachinski.

Referências:

[1] Encyclopedia Britannica. Barbara McClintock; disponível em: https://www.britannica.com/biography/Barbara-McClintock. Acessado em: 16/04/2019.

[2] The Nobel Prize in Physiology or Medicine 1983; disponível em: https://www.nobelprize.org/prizes/medicine/1983/press-release/. Acessado em: 16/04/2019.

[3] The Nobel Prize. Barbara McClintock Facts; disponível em: https://www.nobelprize.org/prizes/medicine/1983/mcclintock/facts/. Acessado em: 16/04/2019.

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