Prêmio Nobel em Física – 1903

Prêmio Nobel em Física – 1903

Antoine Henry Becquerel, Pierre Curie, Marie Curie; Fonte: site Nobel Prize.


O prêmio Nobel de física de 1903 foi dividido em três pessoas, uma parte foi concedida a Antoine Henry Becquerel em reconhecimento aos extraordinários serviços prestados por sua descoberta da radioatividade espontânea, a outra parte a Pierre Curie e Marie Curie em reconhecimento dos serviços extraordinários prestados por suas pesquisas sobre os fenômenos de radiação descobertos pelo professor Henry Becquerel.

Além da descoberta dos raios de Röentgen, levantou-se a questão de saber se eles também não poderiam ser produzidas em outras condições além daquelas observadas pela primeira vez. Durante o andamento dos experimentos nesse campo, Henry Becquerel alcançou resultados que não apenas continham uma resposta a essa pergunta, mas levaram a uma nova descoberta.

Quando a eletricidade é descarregada através de um tubo cheio de gás altamente rarefeito, o fenômeno da radiação ocorre neste tubo. Isso tem sido chamado de radiação catódica, que quando encontra um objeto, por sua vez, produz os raios descobertos por Röntgen. Acontece frequentemente que estes raios catódicos também dão origem a fenômenos de luz, chamados fluorescência e fosforescência, nos objetos que encontram. Agora é essa circunstância que ocasionou os experimentos de Becquerel. Perguntou-se se os corpos de onde emanam os raios fosforescentes, depois de terem sido submetidos por um tempo maior ou menor à ação da luz comum, também não emitiriam raios de Röntgen. Para resolver este problema, Becquerel fez uso de uma propriedade bem conhecida dos raios Röntgen para afetar uma placa fotográfica. Tendo colocado uma folha de alumínio sobre um prato sensível, ele colocou lâminas de vidro sobre ele com os materiais fosforescentes que estavam sendo estudados, argumentando que se a placa fotográfica fosse filtrada através da folha de alumínio, isso só poderia ocorrer com raios de Röntgen devido as suas propriedades de passar por metais. Continuando sua pesquisa, Becquerel descobriu que a placa sensível trazia imagens de certas substâncias, em particular de todos os sais de urânio. Ele demonstrou assim que essas substâncias emitem raios de natureza especial, distintos da luz comum. Os testes continuaram e ele estabeleceu um fato ainda mais extraordinário, ao saber, que essa radiação não está diretamente relacionada ao fenômeno da fosforescência, que materiais fosforescentes, bem como aqueles que não são, podem dar origem a essa radiação, que a iluminação não é necessária para o fenômeno ocorrer e, por último, que a radiação em questão continua com força invariável para todas as aparências sem que sua origem seja atribuída a qualquer das fontes de energia conhecidas. Foi assim que Becquerel fez a descoberta da radioatividade espontânea e os raios que levam seu nome. Esta descoberta revelou uma nova propriedade da matéria e uma nova fonte de energia, a última de origem intrigante.

Foi neste momento que Pierre Curie e Marie Curie realizaram a pesquisa mais abrangente e sistemática sobre este tópico, analisando a maioria das substâncias simples e um grande número de minerais para encontrar, se possível, novas substâncias com as propriedades notáveis do Urânio.

Texto por: Ricardo Gonzatto

Revisado por: Allan Felipe Gaspareto Machado

Referências:

[1] Nobel Prize Disponível em:<https://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1903/press.html> Acessado em 13/08/2018.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *