
A Terra é plana?
Em 2003, pesquisadores descobriram que o estado do Texas, é literalmente mais plano que uma panqueca (confira as referências). Mas claramente a terra não é plana, certo? Pois se fosse, barcos viajando até o horizonte cairiam da borda! Um corpo massivo como a terra, se fosse um disco com raio e grossura possuiria uma gravidade um pouco peculia. No centro do disco, teríamos uma gravidade normal, apontada para baixo, porém, conforme fôssemos andando até a borda, o ângulo da gravidade ficaria cada vez mais agudo, e apontado para o centro do disco, ou seja, uma pessoa na borda do nosso planeta plano, sentiria a gravidade puxando-a para dentro do disco, sendo assim, você cairia para dentro do planeta, não para fora. Por este motivo que tudo no espaço sideral, com mais de algumas centenas de metros de diâmetro, é redondo! “Ou é isso que eles querem que pensemos!!! E se a gravidade não for real? E se a Terra é plana e a ciência esteve errada todo este tempo?” Eratosthenes foi um grego antigo que mediu o diâmetro da terra a mais de 2 mil anos atrás. Através dos tamanhos que a sombra de um mesmo pino se projeta no solo em latitudes diferentes, ele foi capaz de calcular a curvatura de nosso globo. Entretanto, isto aparentemente, pode ser explicado mesmo com a terra sendo plana. Segundo a sociedade da terra plana, o sol é uma esfera muito menor do que achamos e está muito mais próxima da terra do que achamos, ela gira logo acima da terra em uma órbita circular em volta do eixo dos polos. Portanto, a sombra do pino de Eratosthenes, seria diferente em latitudes diferentes do plano, logo, a terra ser esférica não é uma necessidade para explicar este experimento. Mas, como eles explicam então, o problema da gravidade inclinada nos polos? Bem, segundo a sociedade da terra plana, a gravidade não existe do jeito que aprendemos na escola e o disco terrestre está acelerando (como um todo) à 9.81 m/s² na direção do eixo normal do disco. Por isso sentimos a gravidade para baixo e igual em qualquer lugar do plano. Em 1906, Wilbur Glenn Voliva virou o encabeçado de um rito religioso na cidade de Zion em Illinois. Voliva, acreditava que a terra era plana, e impôs que a teoria da terra plana fosse ensinada nas escolas de Zion. O trabalho de Voliva foi a vida toda, voltado a explicar fenômenos em termos de terra plana, e ele conseguiu explicar vários, antes de morrer. Hoje, a sociedade da Terra Plana continua o trabalho de Voliva. Eles possuem explicações muito boas para uma variedade inacreditável de evidências da terra ser esférica, em termos de terra plana. Mas e então, a terra é mesmo plana? Entendemos que a ciência é um conceito que muda com o tempo e se adapta a novas evidências para explicar um fenômeno. Porém, estes fenômenos possuem infinitas interpretações. Como dizia Nietzsche “A Física, não é o livro, mas sim a interpretação”, ou seja, a ciência como um todo, não é a explicação dos fenômenos, mas sim uma interpretação que os cientistas concordam em ser a mais plausível. O que determina o que é ou não é ciência, é o método científico, porém, os “terra planistas”, seguem este método com rigor, por que então a teoria da terra plana, não é a teoria atual? O que a teoria da terra esférica possuí que a teoria da terra plana não? A resposta é “Simplicidade”. Segundo a navalha de Occam: A teoria que melhor explicar um fenômeno usando a metodologia científica, de maneira mais simples, é então a interpretação científica que deve ser aceita. E é aí que temos o argumento final para derrubar a hipótese da terra ser plana. As duas teorias explicam satisfatoriamente, os mesmos fenômenos, entretanto, a teoria da terra ser esférica, exige um número menor de suposições para explicá-los, e portanto, é a mais plausível. Texto por: Matheus Henry Przygocki Referências: [1] FONSTAD, M, PUGATCH, W. et al. Kansas Is Flatter Than a Pancake; Disponível em: <http://www.usu.edu/geo/geomorph/kansas.html>; Acessado em: 25 de junho de 2017. [2] SHENTON, D. The flat-earth Society; Disponível em: <https://theflatearthsociety.org/home/>; Acessado em: 25 de junho de 2017. [3] BAKER, A. Simplicity; Disponível em: <https://plato.stanford.edu/entries/simplicity/> Acessado em: 25 de junho de 2017.
a terra e redonda
Terra plana é mentira 👍
Não sou terraplanista nem globalista, mas essa parte ”a teoria da terra ser esférica, exige um número menor de suposições para explicá-los, e portanto, é a mais plausível.” é extremamente fraco, hoje em dia existem pessoas altamente capacitadas para produzir o que os globalistas querem demonstrar como realidade arte e modelos 3D do espaço, planetas e etc e o mesmo se vale para a terra plana e a terra plana tem mais coisas que podem ser comprovadas empiricamente do que a Terra globo, então não determinem algo que nem mesmo vocês sabem.
Agradecemos pelo comentário. O fato, é que a Terra possuí um formato de esferoide 🙂
No Velho Testamento a Terra é descrita como plana, indubitavelmente. Basta entender matematicamente a “posição da Torre de Vigília” (abstração sucitada pela imagem que o verso inspira) de Isaías 40:22 e, depois, fazer mos a mesma abstração para Mateus 4:8 que diz “se mostraram todos os reinos do mundo e sua riqueza” (Mateus 4:8). A única geografia nesta última passagem em que uma montanha muito alta permite ver todos os reinos do mundo é a de uma Terra plana. Antes de entendermos isso, é preciso perceber sob a exegese da Bíblia que a ideia de “planeta” não existe, sendo tão somente possível considerar o território ocupado pelo povo que descreve seu próprio mundo. Por exemplo, a “abóboda” celeste, a criação dos céus e da Terra, não passam de descrições do “teto” e do “chão” da arquitetura do templo, jamais tendo a ver com céus e Terra como astronomicamente se diria de Copérnico para cá. Aliás, a eprcepão geográfica do mundo alterou exporadicamente após as Grandes Navegações. Assim, que tal trocarmos um pouco em miúdos acerca da redondexza da Terra? Primeiramente, a ideia de que a Terra seria redonda (mais precisamente, um esferoide oblato, ou Geoide) passa pela perspectiva de uma das grandes conquistas da ciência, desenvolvida através de observações, raciocínio lógico e medições precisas ao longo de milênios. Por conseguinte, a ciência descobriu a forma arredondada da Terra através de uma progressão de evidências e cálculos, que começaram na Grécia Antiga e se estenderam até a era moderna, com a fotografia espacial. Em segundo lugar temos as principais Evidências históricas e como o conhecimento se consolidou através de fatos observáveis:, como: Sombra da Terra nos Eclipses Lunares, nesse sentido, um dos primeiros e mais fortes indícios foi a observação de que a sombra projetada pela Terra na Lua durante os eclipses lunares era sempre um arco circular. Isso só é possível se o corpo que projeta a sombra (a Terra) tiver um formato esférico.. Em terceiro lugar temos as observação de navios no horizonte. Isto quer nos dizer que observadores perceberam que, quando um navio se aproxima da costa, a primeira coisa a aparecer é o mastro, seguido pelo casco, e não o navio inteiro de uma vez (como ocorreria em uma superfície plana). Com isso, essa é uma prova visual da curvatura da superfície do planeta. Em quarto lugar, temos a mudança nas Constelações com a Latitude: ao hipoteticamente viajarmos para o Norte ou para o Sul, as constelações visíveis no céu mudam. Estrelas que são visíveis em uma latitude (como a Estrela Polar no hemisfério Norte) desaparecem ao cruzar o Equador, e novas estrelas (como o Cruzeiro do Sul no hemisfério Sul) aparecem. Essa variação só pode ser explicada, meu caro leitor, pelo fato de os observadores estarem em diferentes pontos de uma superfície curva. Em quinto lugar as Circumnavegações (já que logo acima citei as Grandes Navegações): Estas seriam viagens como a de Fernão de Magalhães no século XVI que demonstraram que era possível partir de um ponto e, seguindo sempre na mesma direção (sem dar meia-volta), retornar ao ponto inicial, comprovando a natureza fechada e esférica do planeta. Em sexto lugar, a herança primordial da Ciência, em suas diversas fases de desenvolvimento, nos conferindo estudos vindos de cientistas no processo, a ponto de termos dentre eles diversos pensadores e cientistas que foram cruciais para estabelecer e medir a forma da Terra. Com isso, em sétimo lugar colocamos a importância crucial da Grécia Antiga através de três filósofos (e a ciência estava imbricada na Filosofia, naquele periodo): Pitágoras (cerca de 570 – 495 AEC), que foi um dos primeiros filósofos gregos a defender a ideia da esfericidade da Terra, por razões estéticas e matemáticas, considerando a esfera como a forma mais perfeita. Aristóteles (384 – 322 AEC.) apresentou fortes evidências empíricas para a esfericidade, baseando-se na sombra curva da Terra na Lua e na mudança das constelações observadas em diferentes latitudes. Eratóstenes (cerca de 276 – 195 AEC.) realizou a primeira medição científica da circunferência da Terra. Este observou que no solstício de verão, na cidade de Siena (atual Assuã, Egito), o Sol não projetava sombra em um poço ao meio-dia, o que indicava que o Sol estava a pino. No mesmo dia e horário, em Alexandria, havia formação de sombra. Usando a diferença no ângulo da sombra e a distância conhecida entre as duas cidades, ele usou geometria para calcular a circunferência da Terra com uma precisão notável para a época. Em oitavo lugar temos a Era Moderna (não confundamos Idade Moderna com Modernidade): Fernão de Magalhães (1480–1521): Embora não fosse um cientista, sua expedição (finalizada por Juan Sebastián Elcano) realizou a primeira circum-navegação bem-sucedida no século XVI, provendo uma prova prática irrefutável da circularidade da Terra. Isaac Newton (1643 – 1727): Com base em seus estudos sobre a gravidade e o movimento de rotação, previu que a força centrífuga causaria um ligeiro achatamento da Terra nos polos, tornando-a um esferoide oblato, e não uma esfera perfeita. Observações posteriores confirmaram essa previsão. Finalmente concluiríamos que, atualmente, com a Geodésia (a ciência que estuda a forma e as dimensões da Terra) e a tecnologia espacial (como satélites e fotografias da Terra vista do espaço), o formato arredondado do planeta é uma certeza científica. O formato técnico mais preciso é o Geoide, uma superfície que coincide com o nível médio do mar, estendendo-se por todos os continentes, influenciada pela gravidade. No entanto, para a maioria das aplicações práticas, uma esfera ou o esferoide oblato (que considera o achatamento nos polos) são modelos extremamente precisos. (Comentário formulado a partir de conhecimentos advindos do meu ofício de professor de História, munido pelos estudos de Edward McNall Burns, Will Durant, Christopher Shields, Gordon Childe e outros).