Michael Faraday (1791 – 1867)

Michael Faraday (1791 – 1867)

 

Imagem: Michael Faraday. Fonte: Wikimedia Commons.


   Originário de uma família humilde, Michael Faraday era o terceiro filho de um ferreiro de Newington, subúrbio de Londres, onde nasceu a 22 de setembro de 1791 -, com apenas treze anos Faraday teve que abandonar os estudos e procurar trabalho para ajudar na renda familiar, colocando-se a serviço do livreiro G. Riebau. Além de lhe ensinar a cadernar o velho livreiro também lhe facilitou o acesso aos livros, iniciando Faraday ao mundo do conhecimento. Nessa época, sua instrução limitava-se aos rudimentos da aritmética e a algumas noções elementares de linguagem.

  Faraday teve acesso a um livro chamado Experiências químicas. E com o pouco dinheiro que tinha comprou instrumentos simples para fazer as experiências que estavam no livro. Assim foi modelando sua inteligência e desenvolvendo sua técnica experimental. Conforme ele progredia, aumentava o seu interesse e a sua curiosidade. Lia todos os livros de ciência que encontrava.

   Apartir 1810 Faraday assistiu aulas de John Tatum (fundador de uma sociedade filosófica), sobre diversos assuntos. Nesse ano, ele foi convidado para assistir a quatro conferências de sir Humphry Davy, químico inglês e presidente da Royal Society entre 1820 e 1827. Faraday tomou notas destas conferências e, mais tarde, redigiu-as em formato mais completo. Então, em 1812, escreveu para Humphry Davy e mandou cópias destas notas. Davy respondeu para Faraday quase imediatamente, pedindo para conversar pessoalmente. Em março de 1813, Faraday, por intermédio de Davy, foi nomeado ajudante de laboratório da Royal Institution. Além disso, nesse mesmo ano Sir Davy iniciou uma longa viagem pela Europa e Faraday o acompanhou, como assistente e criado de quarto. Esta última condição só lhe foi comunicada às vésperas do embarque, quando se soube que o empregado habitual não poderia viajar.

   A viagem durou dois anos, durante os quais Faraday conheceu a Europa mediterrânea, entrando em contato com personalidades como Volta, Ampère e outros cientistas da época. Nesse período, sob a influência de Davy, ele se especializou em Química. Em 1815, Faraday passa a integrar o Royal Institution, sendo conferencista ocasional. Ingressou, também, na Sociedade Filosófica, onde realizava conferências sobre química, utilizando-se do que ouvia de Davy.

   Em 12 de junho de 1821, Faraday casou-se com Sarah Barnard (1800-1879), e não tiveram filhos. Nessa mesma época, o cientista foi convidado a escrever um artigo sobre um novo ramo de Ciência, a Eletricidade, explicando os trabalhos do físico dinamarquês Hans Christian Oersted nesse campo. Em 1820, Hans Christian Ørsted provou os efeitos magnéticos da corrente elétrica: um fio metálico conduzindo corrente elétrica provoca o desvio de uma agulha metálica.

   Em 1821, William Hyde Wollaston concluiu que ao aproximar um ímã de um fio onde está passando corrente elétrica o fio deveria girar em torno do ímã. No dia 3 de setembro deste ano, Faraday mostrou que uma barra de ímã girava em torno de um fio eletrizado e que um fio suspenso eletrizado girava em torno de um ímã fixo, comprovando a teoria de Wollaston. Em outubro, publicou no “Quarterly Journal”. No natal do mesmo ano, fez com que o fio se movesse pela influência do magnetismo terrestre.

  Faraday foi eleito membro da Royal Society em 1824. Recebeu a nomeação para diretor do laboratório em fevereiro de 1825. Neste mesmo ano, isolou o benzeno do óleo de baleia. Em 1827, foi convidado para trabalhar na Universidade de Londres, mas rejeitou o convite. Trabalhou por quatro anos em vidros para óptica. Obteve várias qualidades de vidro, conseguindo aperfeiçoar o telescópio.

   Em 17 de outubro de 1831 realizou seu trabalho mais importante, a indução eletromagnética, demonstrando que era possível converter energia mecânica em energia elétrica. Foi a primeira demonstração de um dínamo, que veio a ser o principal meio de fornecimento de corrente elétrica. No dia 29 desse mês, pegou um disco de cobre preso a um cabo e um ímã em formato de ferradura. Entre os pólos do ímã fez girar o disco, que estava ligado a um galvanômetro, a agulha se moveu com o girar do disco.

  Em 1832, fundou a eletroquímica e desenvolveu as leis da eletrólise. Neste mesmo ano, recebeu o Diploma Honorário da Universidade de Oxford, sendo homenageado com a medalha Copley da Royal Society, a maior honraria já concedida por ela. Em 1833 tornou-se Professor Fulleriano de Química na Royal Institution.

   Faraday teve importância na química como descobridor de dois cloretos de carbono, investigador de ligas de aço e produtor de vários tipos novos de vidros. Um desses vidros tornou-se historicamente importante por ser a substância em que Faraday identificou a rotação do plano de polarização da luz quando era colocado num campo magnético e também por ser a primeira substância a ser repelida pelos pólos de um ímã. Particularmente, ele acreditava nas linhas de campo elétrico e magnético como entidades físicas reais e não abstrações matemáticas. Porém, suas descobertas no campo da electricidade ofuscaram quase que por completo sua carreira química.

   Em 1857, o físico John Tyndall lhe ofereceu a presidência da Royal Society, mas Michael recusou: “quero ser simplesmente Michael Faraday até o fim”. Ele queria continuar com suas experiências, se fosse presidente não teria tempo para isso. Faraday morreu na sua casa em Hampton Court, aos 75 anos, e não foi enterrado na Abadia de Westminster, mas no Cemitério de Highgate.

Texto por: Alaine Gomes.

 Referência:

http://www.geocities.ws/saladefisica9/biografias/faraday.html

http://www.brasilescola.com/quimica/michael-faraday.htm

http://www.mundoeducacao.com/quimica/michael-faraday.htm

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *