Resenha de: “Frankenstein”

Resenha de: “Frankenstein”

Autor: Mary Shelley

Ano da edição: 2012

Gênero: Ficção fantástica

Resenha:

   Frankenstein ou O Prometeu Moderno é uma história escrita por Mary Shelley publicada inicialmente em 1818, em Londres. Foi uma história inovadora na época, provavelmente é a primeira ficção científica, mas também é uma história de horror e tragédia. Escrita de maneira bem detalhada e convincente ela conta a história de Victor Frankenstein, que narra a sua vida para o jovem Robert Wilson, um ambicioso pesquisador buscando glória e fama em suas pesquisas no ártico. Porém Frankenstein conta como sua própria ambição por conhecimento e glória trouxe também a sua desgraça. Frankenstein nasceu em Geneva, em torno do séc XVIII, filho de família boa e rica, assim ele logo teve contato com livros de velhos alquimistas (como Cornelius Agrippa). Maravilhado ele sente cada vez mais desejo por conhecimento e realizar alguma descoberta fantástica. Quando mais velho ele vai estudar na Universidade de Ingolstad, na Alemanha, onde seus conhecimentos sobre a alquimia não foram bem recebidos. Mesmo assim Frankenstein se mostra um prodígio em ciências naturais e mergulha em sua própria pesquisa. Da sua perseguição por uma descoberta (em parte ainda orientado por velhos mitos), Frankenstein alcança a sua descoberta, o princípio da vida. Isto lhe permite reanimar os mortos, e ele logo começa o seu grande projeto. Utilizando de corpos retirados do mortuário, ele compôs o monstro, gigantesco e deformado, e deu-lhe a vida. Quando ele percebeu o que tinha feito, Frankenstein entrou em pânico e abandonou o monstro, que mais tarde o procuraria para atormentá-lo. A história foi escrita em uma época positiva para a ciência e mostra que as pessoas acreditavam que a ciência era capaz de realizar coisas inacreditáveis. A própria autora conta no prólogo que quis fazer uma história que não pareça impossível, e por isso utilizou o contexto científico. Também descreve o abandono da alquimia e outras práticas antigas, já que a ciência que se formava na época da história é muito mais madura. A descrição da Universidade é muito familiar até para acadêmicos modernos. O livro também trás ao leitor questões de ética, como as responsabilidades dos cientistas sobre suas ações, o controle dos produtos da ciência e quando estes são prejudiciais para a humanidade. Questões de justiça e bem ou mal também podem ser refletidas sobre o livro, já que os personagens frequentemente se deparam com decisões difíceis e ações questionáveis, com diversos pontos de vista.

Autor e apresentador da resenha: Rafael Feliczaki.

Imagem retirada de: https://www.amazon.com.br/Frankenstein-Mary-Shelley/


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