Alexandre Edmond Becquerel (1820-1891): o criador da célula solar

Alexandre Edmond Becquerel (1820-1891): o criador da célula solar


   Alexandre Edmond Becquerel nasceu no dia 24 de março de 1820, em Paris, e foi assistente e sucessor de seu pai, Antoine Cesar Becquerel, no Museu Nacional de História Natural da França, como professor. Ainda bastante jovem, com apenas 19 anos, confeccionou e estudou a primeira célula fotovoltaica da história no laboratório de seu pai, em 1839. A célula consistia em dois eletrodos imersos numa solução ácida, a qual era iluminada. Alexandre percebia a geração de eletricidade no aparato e, concluiu, depois de suas cuidadosas análises, que a eletricidade era devido à luz que incidia na célula. Usando células fotovoltaicas, Alexandre Becquerel desenvolveu o actinômetro, um instrumento capaz de medir a intensidade luminosa de feixes de luz. Ele também fez testes com diferentes cores de luz e constatou que a luz azul era a que produzia as correntes elétricas mais intensas no efeito fotovoltaico. Alexandre Becquerel recebeu seu grau de doutorado da Universidade de Paris em 1940, com apenas 20 anos [1-3].

   Alexandre trabalhou em algumas instituições durante sua vida, sendo uma delas brevemente na la Sourbonne, também na Institut Agronomique de Versailles, após as quais tornou-se professor na Conservatoire des Arts et Métieres em 1852, permanecendo nesta por 40 anos. Quando seu pai morreu, em 1878, ele assumiu o cargo de diretor do Museu Nacional de História Natural da França, cargo que seu pai ocupava. Ele também se tornou membro da l’Académie des Sciences, em 1863 [2].

   Suas pesquisas eram essencialmente sobre eletricidade, magnetismo e luz, que eram assuntos quentes da época. A. Becquerel também desenvolveu pesquisas nas áreas de fotografia, fosforescência e fluorescência, tendo publicado o livro La lumière, ses causes et ses effets (Luz, suas causas e efeitos), bem como algumas outras obras, e feito várias contribuições para a compreensão do fenômeno da fluorescência. No estudo desse efeito, inclusive, também desenvolveu um novo equipamento que possibilitou avanços importantes no estudo desse fenômeno [1, 3].

   Ao que se observa, a ciência era quase uma tradição na família de A. Becquerel: seu pai e seu filho foram cientistas e seu filho recebeu o Prêmio Nobel em Física de 1903, junto a Marie Curie e Pierre Curie, pela descoberta da radioatividade. Em homenagem à Alexandre Becquerel, por sua descoberta do efeito fotovoltaico, hoje existe o Prêmio Becquerel, que é dado àqueles que fazem as contribuições mais importantes para a ciência envolvendo o efeito fotovoltaico, como o desenvolvimento de novas células fotovoltaicas [1, 3, 4]

Autor: Bruno Henrique Lisenko Ribeiro.

Referências:

[1] DESCONHECIDO. Home Page. Becquerel Prize: for Outstanding Merits in Photovoltaics. Disponível em: <https://www.becquerel-prize.org/>.

[2] BÜHLER, A. J.. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA CONVERSÃO FOTOVOLTAICA, HISTÓRICO E STATUS ATUAL DESTA TECNOLOGIA. 5º Seminário Internacional de Construções Sustentáveis. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – RS, campus Farroupilha. Disponível em: <https://www.imed.edu.br/Uploads/Alexandre%20B%C3%Bchler_Energia%20Solar% 20Fotovoltaica_Situa%C3%A7%C3%A3o%20Atual%20e%20Perspectiva%20para%20o%20Brasil.pdf>.

[3] DESCONHECIDO. Becquerel, Alexandre-Edmond (1820-1891). Encyclopedia. Disponível em: <https://www.encyclopedia.com/environment/encyclopedias-almanacs-transcripts-and-maps/becquerel-alexandre-edmond-1820-1891>.

[4] The Nobel Prize in Physics 1903. NobelPrize.org. Nobel Prize Outreach AB 2021. Mon. 6 Dec 2021. Disponível em: <https://www.nobelprize.org/prizes/physics/1903/summary/>.

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