Margaret W. Rossiter: A historiadora da ciência (1944~)
Nascida em 1944, Margaret Rossiter em sua carreira foi uma historiadora que ajudou a estabelecer a história das mulheres na ciência como um campo acadêmico. Seu trabalho foi fundamental para ajudar a desenvolver um pensamento sobre o preconceito sofrido pelas mulheres em instituições acadêmicas e intelectuais. Ela também foi quem cunhou ao preconceito sofrido por mulheres na ciência o nome Efeito Matilda[1]. Margaret Rossiter descobriu seu interesse pela História da Ciência ainda no ensino médio. Para ela era muito mais interessante estudar a história dos cientistas do que propriamente os estudos desenvolvidos por estes. Entretanto, mesmo sabendo de sua paixão desde o início, ela começou duas graduações, Matemática e Química, das quais desistiu e nunca chegou a finalizar. Com isso, a cientista resolveu sucumbir ao seu interesse da juventude e acabou por estudar História da Ciência, curso no qual se graduou em 1966. Durante seus estudos, Rossiter desenvolveu um interesse grande pela história da ciência nos Estados Unidos, o que mais tarde a motivou pela busca da história das mulheres na ciência em seu país[4]. Ainda durante a sua graduação, Margaret trabalhou na Smithsonian Institution (instituição estadunidense de pesquisa relacionada a museus), e após sua graduação, Rossiter fez mestrado e doutorado no departamento de História da Ciência da Universidade Yale, quais abordavam cientistas estadunidenses na Alemanha[4]. Mais tarde, Margaret recebeu uma bolsa de estudos em Harvard, e foi nessa instituição que ela começou a trabalhar em seus estudos a respeito de mulheres na ciência, e chegou a publicar um artigo a respeito na revista American Scientist. Em 1981, Margaret recebeu uma bolsa no Museu Solomon R. Guggenheim; essa bolsa permitiu a ela estudar e publicar seu primeiro livro: Women Scientists in America, Struggles and Strategies to 1940. Com o sucesso de seu primeiro livro a respeito das dificuldades enfrentadas por mulheres na ciência, Margaret recebeu a proposta de dirigir o programa de História e Filosofia da Ciência. Neste, ficou durante um ano. Começou a lecionar na Cornell University na época que escrevia seu segundo livro: Women Scientists in America: Before Affirmative Action, 1940-1972. Após publicado, seu livro teve tanto sucesso quanto o primeiro, ganhando diversos prêmios como o Pfizer Prize (prêmio dado a escritores de livros relevantes para a história). Em 1994 ela se tornou editora do jornal da History of Science Society, ao mesmo tempo que ainda lecionava, e assim continuou até 2003, quando saiu do jornal. Apenas em 2012 Margaret finalizou sua trilogia com o livro: Women Scientists in American, Forging a New World Since 1972. Em 2004, o conselho do History of Science Society renomeou o Prêmio das Mulheres para Prêmio Margaret W. Rossiter de História das Mulheres na Ciência, em respeito a todo o trabalho desenvolvido por Margaret em seus livros[3]. Escrito por: Mariana Carachinski. REFERÊNCIAS: [1] Margaret W. Rossiter, MacArthur Foundation, disponível em: https://www.macfound.org/fellows/376/. Acessado no dia 25/06/2020; [2] Imagem retirada de: Margaret Rossiter, The Department of Science & Technology Studies. Dísponivel em: http://sts.cornell.edu/margaret-rossiter. Acessado no dia: 25/06/2020; [3] The Margaret W. Rossiter History of Women in Science Prize, History of Science Society, disponível em: https://hssonline.org/about/honors/the-margaret-w-rossiter-history-of-women-in-science-prize/. Acessado no dia: 25/06/2020; [4] Margaret W. Rossiter, Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Margaret_W._Rossiter. Acessado no dia: 25/06/2020; [5] Woman in science, Women Scientists Were Written out of history. it´s Margaret Rossiter´s lifelong mission to fix that. Disponível em: https://www.smithsonianmag.com/science-nature/unheralded-women-scientists-finally-getting-their-due-180973082/. Acessado no dia: 05/07/2020.