Shirley Ann Jackson (1946 ~)

Shirley Ann Jackson (1946 ~)


   Natural de Washington D.C., Shirley Ann Jackson nasceu dia 5 de novembro de 1946, sendo sempre encorajada a estudar pelos pais, Beatrice e George Jackson. Ela se destacou em sua vida acadêmica desde cedo, durante o ensino médio na Roosevelt High School mostrou aptidão principalmente na área das ciências exatas, formando-se como oradora da turma em 1964. No mesmo ano Shirley ingressou no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), sendo uma das poucas pessoas negras do instituto e a única na área da física teórica.

   Em 1968 (quando obteve seu bacharelado), tendo em vista as dificuldades, pelas quais a minoria no ambiente acadêmico passava, Shirley ajudou a organizar um grupo de estudantes negros, que ficou conhecido por Black Student Union. O grupo elaborou propostas e demandas a fim de recrutar mais estudantes negros, e ajudá-los financeiramente. O projeto foi bem-sucedido já que no ano seguinte mais de 50 estudantes entraram para a graduação, sendo que nos anos anteriores esse número era de 3 a 5 estudantes.

   Aprovada para permanecer no MIT, conquistou seu Ph.D em Teoria das Partículas Elementares no ano de 1973, sendo a primeira mulher afro-americana a obter um doutorado no MIT, e a segunda mulher nos EUA a obter um doutorado em Física. Durante essa  década, Shirley trabalhou tanto em laboratórios estadunidenses quanto em europeus. Ademais em 1976 começou seu trabalho na Bell Laboratories (New Jersey), onde desenvolveu a maior parte de suas pesquisas. Os resultados de seus experimentos permitiram grandes avanços para a telecomunicação, como o fax portátil, identificador de chamadas, a chamada de espera, fibras ópticas e células solares. 

   Em 1995, foi nomeada a presidente da Comissão Reguladora Nuclear (NRC) dos EUA, pelo presidente Bill Clinton, e em 1997 Jackson criou o INRA, Associação Internacional de Reguladores Nucleares, que é responsável por fornecer assistência em relação à segurança nuclear do mundo. 

   Shirley é detentora de diversos prêmios. Um dos mais recentes foi em 2016, a Medalha Nacional de Ciências, que foi entregue pelo presidente da época, Barack Obama. Entre 2014 e 2017 foi nomeada pelo mesmo como copresidente do Conselho Consultivo de Inteligência, trabalhando durante esse período com questões de segurança cibernética e tecnologia digital, em âmbito nacional e global. Shirley também foi nomeada a Presidente do Instituto Politécnico Rensselear (RPI) em New York, e está ocupando o cargo desde 1999.

   Atualmente, Shirley continua trabalhando com questões de inclusão social, auxiliando escolas a oferecerem uma educação de qualidade para estudantes da periferia com baixa renda, tornando-se, dessa forma uma figura importante para a representatividade no meio acadêmico. 

Escrito por: Rafaela Choqueti De Camargo Meira

Referências:

[1] “Mulheres Incríveis”, disponível em: http://decoresuavida.com.br/serie-mulheres-incriveis-2-shirley-ann-jackson/. Acessado em 15/01/2020;

[2] “Mujeres Bacanas, Shirley Ann Jackson”, disponível em: https://mujeresbacanas.com/shirley-ann-jackson-1946-a-ella-le-debemos-el/. Acessado em 15/01/2020; 

[3] “Como a Dra. Shirley Ann Jackson desafiou as barreiras raciais e de gênero”, disponível em: https://iq.intel.com.br/como-a-dra-shirley-ann-jackson-desafiou-as-barreiras-raciais-e-de-genero-para-tornar-se-o-exemplo-maximo-em-ciencia/. Acessado em 15/01/2020;

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