À linha de frente na guerra contra o COVID-19:  nosso muito obrigado!

À linha de frente na guerra contra o COVID-19: nosso muito obrigado!


   Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou Pandemia de COVID-19, o medo pairou sobre a população mundial. Atuais dados do Johns Hopkins university & Medicine, que registram em tempo real o número de contaminados, apontam que em 13 de abril, mais de 1 milhão e 900 casos foram diagnosticados no mundo todo, dentre estes, até então, 118.304 mortes confirmadas. Com um aumento exponencial, num período de meros trinta dias, o Brasil que continha menos de 50 novos casos confirmados diariamente, ampliou seu contágio para quase 2.000 diários. Ultrapassando um total de 28 mil pacientes diagnosticados, 14 mil recuperados e mais de 1.700 mortos [1]

   Estudos estão sendo desenvolvidos em diversas universidades, com o intuito de descobrir quais medicamentos existentes possuem êxito contra essa doença, assim como o desenvolvimento de novos fármacos, para o tratamento e prevenção. Um dos exemplos que podem ser citados, são os testes com plasma sanguíneo de pessoas que se recuperaram e até a utilização de células do cordão umbilical para a produção de vacinas [2].

   É evidente que governos querem prevenir as mortes, promovendo o restrições ao funcionamento do comércio e isolamento social como medida de contenção do SARS-COV-2. Porém o combate a essa doença requer uma vacina potente e segura, o que requer análises em modelos animais ou em ensaios clínicos devem ser realizados e sua eficácia comprovada antes que uma vacina seja administrada. Outro ponto que deve ser investigado, refere-se ao vírus por trás do COVID-19, com potencial mutagênico, vacinas e antivirais mesmo uma vez eficazes podem ser inúteis com o tempo [3].

   A preocupação é grande por parte daqueles que estão encarando a doença cara a cara. O estresse tem sido causado, principalmente, pelo aumento da jornada de trabalho e a exposição diária ao risco de contaminação pelo aumento de pacientes. A atenção constante com medidas de segurança tem sido outro desafio, devido carência de equipamentos e falta de treinamento [4].

   Algumas manchetes poderiam parecer sensacionalistas fora do contexto em que estamos inseridos, como por exemplo “Nas linhas de frente de uma pandemia, um ‘eu te amo’ pode significar ‘adeus’”, mas hoje tornam-se um motivo real de preocupação. O texto escrito para o The New York Times, narra a nova realidade de um médico internista, evidenciando a tristeza causada pela pandemia. Pelo medo de contaminar sua família, não convivem juntos a algumas semanas, mantendo apenas contato virtual. Porém, mesmo com tais adversidades, o médico tem realizado as suas funções no trabalho [5].

   O trabalho de todos que prestam serviços essenciais e daqueles que estão na linha de frente na luta contra a pandemia do COVID-19 tem sido, com razão, bastante enaltecido. Na noite de domingo (12/04), em homenagem aos profissionais de saúde, o Cristo Redentor por meio de uma projeção, “vestiu-se” com um jaleco branco, exibindo mensagens de apoio em diversos idiomas [6].

   Se conseguirmos vencer tal batalha, será graças à bravura e coragem daqueles que nesse momento de crise, mesmo sendo extremamente difícil e cansativo, exercem o seu ofício. Desta maneira, fica aqui nosso agradecimento àqueles que trabalham em prol da humanidade, para que possamos novamente conviver com familiares e amigos, bem como retornar às atividades e trabalhos sem o temor de um inimigo invisível.

Texto escrito por: Rafael Welter

 

Referências:

Foto: Alexandre Brum / Enquadrar / Estadão Conteúdo

[1] AUTOR DESCONHECIDO. COVID-19 Dashboard by the Center for Systems Science and Engineering (CSSE) at Johns Hopkins Universisity & Medicine. Disponível em: https://coronavirus.jhu.edu/map.html Acesso em 13 de Abril de 2020;

[2] FERNANDA, Daniela. BBC News Brasil. Coronavírus: o que apontam os estudos com cloroquina e outros possíveis remédios. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52226832 Acesso em 13 de Abril de 2020;

[3] JIANG, Shibo. Don’t rush to deploy COVID-19 vaccines and drugs without sufficient safety guarantees. Nature. Reino Unido. v.579 p.321, 2020.  Disponível em: https://media-nature.ez132.periodicos.capes.gov.br/original/magazine-assets/d41586-020-00751-9/d41586-020-00751-9.pdf Acesso em 13 de Abril de 2020 doi: 10.1038/d41586-020-00751-9;

[4] MACHADO, Leandro. BARIFOUSE, Rafael. BBC News Brasil. Estamos apavorados’: o drama de médicos na linha de frente do atendimento ao coronavírus no Brasil. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52057783 Acesso em 13 de Abril de 2020;

[5] KUO, James. The NY Times. On the Front Lines of a Pandemic, ‘I Love You’ Can Mean ‘Goodbye’. Disponível em: https://www.nytimes.com/es/2020/04/11/espanol/modern-love-coronavirus.html Acesso em 13 de Abril de 2020;

[6] PICHETA, Rob, CNN. Rio’s Christ the Redeemer statue lit up as a doctor, in tribute to healthcare workers fighting coronavirus. Disponível em: https://edition.cnn.com/travel/article/christ-the-redeemer-doctor-easter-sunday-scli-intl/index.html Acesso em 13 de Abril de 2020.

 

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