Alfred Bernhard Nobel (1833 – 1896)

Alfred Bernhard Nobel (1833 – 1896)


   Alfred B. Nobel, nasceu no dia 21 de outubro de 1833, em Estocolmo, na Suécia. Foi o químico responsável por aperfeiçoar a nitroglicerina de Ascanio Sobrero e fundar o Prêmio Nobel.

   Não há muitas informações sobre a infância de Alfred, mas a região de Estocolmo estava com dificuldades financeiras e não tinha saneamento básico. Sendo assim, era uma região pobre e tinha problemas como epidemia de difteria, o que dá indícios de uma infância difícil.[1]

   Quando criança estudou na escola Klara School, na qual foi considerado um bom aluno, recebendo pequenas gratificações, o que fez com que ele se empenhasse pelo estudo. Até que no ano de 1838, seu pai recebeu uma oportunidade de emprego na cidade de São Petersburgo, na Rússia.[1]

   A Rússia estava com uma política muito boa com estrangeiros, o que favoreceu Immanuel Nobel, pai de Alfred. Que era o engenheiro que desenvolveu as minas navais, as quais chamaram a atenção do czar Nicolau I e foram muitos úteis para se defenderem na Guerra da Crimeia. Os pagamentos do czar russo possibilitaram a família Nobel fundar a fábrica Fonderies et Ateliers Mécaniques Nobel Fils e financiar algumas viagens para Alfred, o que possibilitou que ele conhecesse laboratórios na Suécia, Alemanha, França e Estados Unidos.[1] 

   Em sua estádia na França, trabalhou no laboratório do professor T.J. Pelouze, onde conheceu Ascanio Sobrero, que havia descoberto a nitroglicerina anos antes.[2]

   Alfred se interessou pela nitroglicerina e o seu problema de instabilidade, qualquer choque ocasionava em uma explosão. E, então, retornou a Rússia para auxiliar a família e trabalhar com o seu pai em maneiras de estabilizar a substância que tinha um grande potencial.[2]

   Com o fim da guerra, o czar não tinha mais interesse na família Nobel, com isso Alfred, seu pai e seu irmão Emil retornaram a Estocolmo. Enquanto Robert e Ludvig, também irmãos de Nobel, permaneceram na Rússia e investiram em uma indústria de petróleo Branobel, a qual foi muito produtiva, tornando-os uma das famílias mais rica da época.[1]

   Alfred se concentrou na nitroglicerina, fazendo laboratórios para a produção e o estudo da substância. Em 1863 recebeu a patente de um detonador, o qual possibilitava uma explosão mais controlada. Um ano depois, em 1864, houve uma explosão no seu laboratório, ocasionando na morte do seu irmão Emil e alguns funcionários.[2]

   Até que em 1867, ele descobriu que a mistura da nitroglicerina com a diatomito resulta em uma pasta que podia ser moldada e que não detonava tão facilmente como a substância comum, mas sim com o seu detonador, ele patenteou esse explosivo controlado de dinamite. A qual era aplicada em minerações, obstruções e com o intuito bélico.[2]

   Devido a sua vasta gama de aplicações, a dinamite era muito vendida, o que tornou Alfred um homem muito rico, o que possibilitou que ele continuasse a investir na dinamite, aprimorando-a cada vez mais.[2]

   Em 1880, Nobel conheceu Bertha Von Suttner, a qual foi contratada para ser sua secretária, os dois se tornaram amigos. Anos mais tarde ela retornou para à Áustria para se casar, mas continuou trocando cartas com Nobel. Com o passar dos anos Bertha se tornou uma pacifista influente, ainda mais com o lançamento do seu livro “Lay Down Your Arms”, em 1888.[3]

   E, em 1888, Ludwig Nobel, irmão de Alfred que se envolveu na indústria de petróleo, faleceu. Um jornal francês publicou um obituário, achando que se tratava de Alfred. O acontecimento fez com que ele repensasse no seu legado, e então retornou a conversar sobre isso por meio de cartas com a Bertha.[3]

   E, então, no dia 10 de dezembro de 1896, Alfred Bernhard Nobel morreu com 63 anos idade por conta de um derrame cerebral, com 355 patentes. Em seu testamento, deixou que 94% de seus ativos fossem utilizados em um fundo doação, esse crédito devia ser distribuído em cinco partes iguais, as quais seriam direcionadas as pessoas responsáveis pela maior descoberta ou invenção nas áreas da física, química, medicina, literatura e paz.[2]

 

Texto por: Vinicius Andrade de Oliveira.

Referências:

[1] F, Kant. Alfred Nobel: A Biography. New York: Arcade Publishing, Inc, 1991.

[2] RINGERTZ, Nils. Alfred Nobel—his life and work. Nature Reviews Molecular Cell Biology, v. 2, n. 12, p. 925-928, 2001.

[3] MILLER, Foil A.; KAUFFMAN, George B. Alfred Nobel and philately: The man, his work, and his prizes. Journal of Chemical Education, v. 65, n. 10, p. 843, 1988.

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