José Leite Lopes (1918 – 2006)
José Leite Lopes, filho de José Ferreira Lopes e de Beatriz Coelho Leite, nasceu em 28 de outubro de 1918 na capital de Pernambuco, Recife. [1] O grande Físico brasileiro, renomado internacionalmente e especializado em física de partículas, teve início no meio acadêmico em 1935 quando ingressou no curso de Química Industrial na Escola de Engenharia de Pernambuco. Em 1940, mesmo já graduado, Leite Lopes ingressou no curso de Física na Faculdade Nacional de Filosofia do Rio de Janeiro e, em 1942, foi convidado pelo Carlos Chagas Filho (filho do bacteriologista Carlos Chagas) com direito a uma bolsa de estudos para trabalhar no instituto de biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). [1, 3] Em 1944, José teve a oportunidade de fazer seu doutorado na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, com o auxílio de uma bolsa cedida pelo governo americano. Nesta, Leite Lopes foi orientado em sua tese pelo Wolfgang Pauli e, ainda por cima, teve a oportunidade de assistir aulas ministrados por ninguém mais ninguém menos que o grande Albert Einstein. [1, 2] Em 1946 recebeu seu título de Ph.D. e voltou ao Brasil. Nesta mesma época aproveitou o reconhecimento de seu colega Cesar Lattes, por ter recentemente descoberto o méson π, para criarem um centro de pesquisa. Em 1949, Lattes, Leite Lopes e outros físicos brasileiros fundaram o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Teve participação também na criação de outras instituições importantes de pesquisas como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). [2] Em 1958, José Leite Lopes previu a existência de uma partícula mediadora neutra nas interações fracas no núcleo do átomo, um bóson vetorial neutro, também conhecido como bóson z. Sua pesquisa foi essencial para que outros três pesquisadores estrangeiros, Steven Weinberg, Sheldon Glashow e Abdus Salam. Em 1979, estes cientistas, utilizando os resultados das pesquisas de Leite Lopes, foram concebidos com o prêmio nobel pela contribuição na teoria da unificação do eletromagnetismo e a força fraca nuclear. [2] Em 1989, José recebeu o UNESCO Science Prize, sendo o único físico brasileiro a receber este prêmio até os dias atuais. O prêmio é entregue bienalmente pela United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) para as pessoas que tem um grande impacto na contribuição para o desenvolvimento tecnológico de um estado ou uma região em desenvolvimento. [4] Em 12 de junho de 2006, Leite Lopes faleceu no Hospital Samaritano devido a uma falência múltipla de órgãos após ficar em coma por quase 6 meses. [1] Texto por: Matheus Meoquior da Fonseca. Referências: [1] MEGACURIOSO. Gênios do Brasil #6: José Leite Lopes e a Física Teórica no Brasil. 2018. Disponível em: <https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106985-genios-do-brasil-6-jose-leite-lopes-e-a-fisica-teorica-no-brasil.htm>. Acesso em: 05 maio 2019. [2] UOL. José Leite Lopes: Biografia. 2006. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/biografias/jose-leite-lopes.htm>. Acesso em: 05 maio 2019. [3] WIKIPEDIA. José Leite Lopes. 2019. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/José_Leite_Lopes>. Acesso em: 05 maio 2019. [4] WIKIPEDIA. UNESCO Science Prize. 2016. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/UNESCO_Science_Prize>. Acesso em: 05 maio. 2019.