Resenha de: “Watchmen”

Resenha de: “Watchmen”

Autor: Alan Moore.

Ano de publicação: 1986.

Gênero: Mistério, Distopia.

Resenha:

   Watchmen, escrito pelo inglês Alan Moore, é uma obra que quando analisada, nos traz uma critica social moderna através de uma ferramenta hoje muito utilizada para o entretenimento, os super-heróis, mas que em sua obra não são os heróis, pelo menos não para todos.

   Moore nos apresenta uma história que suplica interpretação, e a cada página nos da mais e mais motivos para continuar lendo, sua crítica principal pode ser resumida na frase do poeta romano, Juvenal, que em sua obra, levanta a seguinte pergunta: “Quem vigia os vigilantes?” (Who watches the watchmen). A obra de Moore alfineta o ego estadunidense e seu autoproclamamento como os salvadores da liberdade moderna e da democracia, e se utilizando de uma distopia onde os super-heróis são americanos, mostra a real face da “liberdade moderna”, tão defendida pelos Estados Unidos durante a guerra do Vietnã.

   Com personagens que representam o que há de mais podre em cada parte do sistema, a história se desenrola com a discussão em cima da guerra fria, onde a iminência de um combate nuclear que poderia acabar com boa parte da vida na terra, é cada vez mais assustadora e cada vez mais provável. Pois, que lugar tem a moral e a ética quando o fim do mundo está a um botão de distância? O que vale mais a pena, punir os culpados ou salvar os inocentes? Quais são as morais da guerra? A morte de milhões de pessoas justifica a paz mundial? Quem são os vilões dos quadrinhos da vida real?

   Ao final da obra você pode chegar a conclusão que abandonar a moral absoluta é a única decisão moral que você absolutamente deve ter, retirar a máscara e se esconder através de um rosto. O final de watchmen traz consigo questões existencialistas, como a falta de significado na vida humana na face de um poder ilimitado, a ambiguidade moral e a responsabilidade individual de uma decisão coletiva. Alan Moore clama para que as massas entrem na batalha moral da política e vigiem nossos vigilantes políticos, afinal nossos “heróis” usam ternos, não capas.

Autor da resenha: Matheus Henry Przygocki.

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