Resenha de: “Na natureza selvagem”

Resenha de: “Na natureza selvagem”

Autor: Jon Krakauer.

Ano de Publicação: 1998.

Gênero: Biografia.

Resenha:

   Na Natureza Selvagem é um livro que relata a fantástica aventura de Christopher Johnson McCandless, um recém-formado na Universidade de Emory, que decide doar todo o  dinheiro que tinha na poupança para uma instituição de caridade, abandonar sua vida civilizada e partir em direção ao Alasca, afim de descobrir o seu verdadeiro eu e presenciar a beleza da natureza, experimentando algo único em sua vida.

   Chris McCandless ou como gostava de se chamar, Alexander Supertramp, encontra em seu caminho várias pessoas que vão fazer parte de sua história, e é justamente o relato delas que o autor do livro, Jon Krakauer, deixa explícito durante toda a leitura, na qual você terá a perspectiva de cada uma dessas pessoas que partilharam momentos inesquecíveis com Alex, durante sua aventura emocionante, cheia de perigos, amor, felicidade, paz e infelizmente morte.

   Jon Krakauer se entregou literalmente à história de Chris McCandless ao fazer o mesmo possível percurso dele em direção ao Alasca, apenas para entender o que ele queria ao se arriscar em tão fascinante aventura. Conheceu as pessoas que tiveram suas vidas mudadas pela simples presença desse simpático aventureiro. No final, vai parecer que você realmente cruzou com Chris e fez parte de sua história, ao ler todos os relatos, como o de Jim Gallien que lhe entregou um par de botas, o casal hippie Jan e Bob que o enxergavam como um filho, um senhor com o pseudônimo de Ron Franz (a seu pedido, o nome verdadeiro não foi usado no livro) que queria adotá-lo e Wayne Westerberg, que lhe deu um emprego. Essas pessoas se tornaram mais que amigos, se tornaram uma família para ele, que fazia questão de enviar cartas para todos durante seu percurso. Em uma delas enviada à Wayne Westerberg ele fala sobre a vida que estava vivendo dizendo “Decidi que vou levar essa vida durante algum tempo ainda. A liberdade e a beleza simples dela são boas demais para deixar passar”.

   O “ônibus mágico”, assim chamado por McCandles, serviu de refúgio para o jovem por mais de 100 dias na natureza, onde sozinho enfrentou vários perigos e acabou perecendo no ônibus, segundo os legistas de inanição, devido à falta de alimento e possível envenenamento por plantas silvestres.

Como vocês puderam perceber, Chris viajou de um jeito simples, sem quase nada, mas no final conseguiu tudo. O que realmente queria não foi conquistado ao chegar no Alasca, e sim durante sua árdua e contagiante aventura, que era a felicidade. Ele mesmo deixou uma mensagem no ônibus 142 em que seu corpo foi encontrado, dizendo que a “felicidade real é a compartilhada”, e creio que no final, ele descobriu o que realmente queria quando decidiu ir para o Alasca, ser Feliz.

   Assim como disse Chris para Ron Franz em uma carta, a alegria “está em tudo e em qualquer coisa que possamos experimentar”, portanto cabe a você, meu caro amigo leitor querer experimentar coisas novas, e se aventurar nas melhores experiências da vida, descobrindo o sentido dela através de seus aspectos simples, que muitas vezes passam despercebidos em sua rotina monótona do dia-a-dia.

   Acredite quando eu digo, que ao final do livro, se você não enxergava a beleza nas coisas simples da vida, então você vai mudar sua percepção de mundo ao vivenciar os momentos únicos que este jovem viveu, e possivelmente terá motivos para repensar sua vida, e quem sabe um dia também ir para o Alasca, afinal de contas, você também pode encontrar o que mais quer no mundo. Portanto, pense nisso por um instante e não demore muito, pois a viagem pode ser longa e o caminho cheio de felicidades.

Autor da Resenha: Sanderson Carlos.

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