Richard Feynman (1918 – 1988)
Imagem: Richard Feynman. Fonte: Site Nobel Prize.
Richard Feynman nasceu em Nova York no dia 11 de maio de 1918 e cresceu em Far Rockaway. Desde cedo demonstrou facilidade e interesse com a ciências. No último ano de seu ensino médio, Feynman ganhou o campeonato de matemática da Universidade de Nova York. Inscreveu-se para a Universidade de Columbia, mas não foi aceito e acabou por estudar no MIT, onde cursou todas as matérias de física oferecidas e se formou bacharel em 1939. Durante o seu curso de graduação, em colaboração com Vallarta, Richard Feynman publica um artigo sobre os raios cósmicos. Publicou outro artigo sobre as forças moleculares no mesmo ano. Juntamente com os seus trabalhos na área de física teórica, Feynman foi um pioneiro na área da computação quântica e introduziu o conceito de nanotecnologia.
Após sair do MIT, Feynman ingressou na universidade de Princeton, onde recebeu seu Ph.D. em 1942. Princeton era sede do Instituto de Estudos Avançados, do qual Albert Einstein também participava. Lá, fica sob a supervisão de Wheeler, sua tese levava o título “The Principle of Least Action in Quantum Mechanics” (Princípio da Mínima Ação em Mecânica Quântica).
Durante a Segunda Guerra Mundial, Feynman participou do Projeto Manhattan para o desenvolvimento da bomba atômica. Sua participação no projeto foi no grupo de física teórica liderado por Hans Bethe, e durante o tempo em que passou no laboratório de Los Alamos trabalhou com cientistas como Niels Bohr e J. Robbert Oppenheimer. Junto com Bethe, desenvolveu a equação que previa a quantidade de energia liberada pela bomba. Segundo ele, seus motivos foram o prazer em descobrir novas coisas e a possibilidade de a Alemanha inventar a bomba antes dos aliados.
Feynman foi para a Cornell University, onde iniciou sua carreira acadêmica, dando aulas de física teórica de 1945 a 1950. Depois disso, foi para o California Institute of Technology- Caltech. Ficou conhecido como o grande explicador (“the great explainer”), pela forma fácil que tentava ensinar aos seus alunos. Em Caltech, desenvolveu pesquisas em temas como eletrodinâmica quântica, física dos superfluidos e forças fracas. Sua teoria sobre eletrodinâmica quântica o levou a ganhar o prêmio Nobel de Física em 1965. Nos anos 60, Feynman publicou as suas famosas “Feynman Lectures on Physics”
Feynman foi casado três vezes. Ele se casou primeiro com Arline Greenbaum enquanto estudava seu Ph.D.. Ela tinha tuberculose, mas, por serem cautelosos, ele nunca contraiu a doença. Em 1945 ela sucumbiu à doença. Seu segundo casamento ocorreu em 1952 com Mary Louise Bell de Neodesha, Kansas: foi um casamento curto e tremendamente malsucedido. Seu último casamento se deu com Gweneth Howarth de Rippoden que compartilhava o entusiasmo pela vida e o espírito de aventura. Além de possuírem casas em Altadena (Califórnia), eles tinham casas de praia em Baja(também na Califórnia). Ambas as casas foram compradas com o dinheiro que Feynman recebeu do prêmio Nobel compartilhado. Eles permaneceram casados até a morte de Feynman e tiveram um filho, Carl, e adotaram em 1962 uma menina, Michelle, em 1968.
Richard Feynman tinha um conhecido na embaixada norte americana o qual sabia do interesse do professor na música brasileira, este o convidou para assistir um grupo de samba que praticava semanalmente em seu apartamento. O compositor de uma pequena escola de samba, os “Farqantes de Copacabana”, o convidou para tocar. Feynman decidiu tocar frigideira, ele praticou e competiu com esse grupo durante o carnaval, chegando a desfilar fantasiado durante o evento. Ao chegar no Brasil, Feynman foi requisitado a dar aula, pelo Brasil não ter muitos pesquisadores renomados. Ao ministrar um curso para futuros professores no final da graduação, Feynman ficou abismado ao constatar que os estudantes brasileiros somente decoravam o assunto que era dados nas aulas para responder nas provas, sem saber aplicar efetivamente os conhecimentos adquiridos.
A morte de Feynman se deu em 15 de fevereiro de 1988, quando ele tinha 69 anos. Ele possuía duas formas raras de câncer, morrendo logo após uma última tentativa de cirurgia. Suas últimas palavras foram: “Eu odiaria morrer duas vezes. É tão entediante.”
Texto por: Alaíne Gomes.
Referências:
Richard Feynman, Físico e escritor norte-americano. Disponível em http://www.explicatorium.com/biografias/richard-feynman.html. Acesso em abril, 2016.
“Feynman”: uma biografia diferente de um cientista incomum. Disponível em: http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/feynman-uma-biografia-diferente-de-um-cientista-incomum-3868395.