O Giroscópio e a doença de Parkinson

O Giroscópio e a doença de Parkinson

Imagem: Giroscópio; por Damián Cravacuore de Unsplash


 A doença de Parkinson (DP) foi descrita pela primeira vez em 1817, pelo médico inglês James Parkinson, membro do Colégio Real dos Cirurgiões. É uma enfermidade crônica que afeta um em cada mil indivíduos da população em geral.  Ela ocorre quando as células nervosas que produzem dopamina (substancia química do cérebro que ajuda a controlar os movimentos musculares) são destruídas lenta e progressivamente. Acontece que, sem dopamina, as células nervosas que enviam esta mensagem do cérebro para o resto do corpo, não conseguem realizar seu trabalho corretamente, fazendo com que haja perda na função muscular.  Este dano piora com o tempo. O indivíduo que sofre com esta doença apresenta sintomas como tremor em repouso, rigidez muscular, bradicinesia, hipocinesia e alterações na postura e no equilíbrio.

 Esta enfermidade não é fatal, mas dificulta muito a vida de seus portadores, tornando tarefas fáceis do cotidiano, como beber um copo de água ou colocar a chave na fechadura, tarefas extremamente complicadas.

 O mal de Parkinson não possui cura ainda, mas existem várias pesquisar na área para tratar os sintomas e para conter os tremores.

 Um dos pesquisadores é Faii Ong, estudante de medicina do Imperial College de Londres. Em quanto cuidava de uma de suas pacientes, que possui a doença de Parkinson, percebeu que esta estava emagrecendo muito rápido, logo observou que a mesma não conseguia se alimentar direito por causa dos tremores em suas mãos. Vendo essa situação, Ong reuniu uma equipe para desenvolver algum equipamento que conseguisse reduzir os tremores. Esta equipe tentou molas, elásticos, até chegar ao giroscópio.

 Mas como um dispositivo como o giroscópio poderia ajudar a conter os tremores da doença de Parkinson?

 Primeiro, vamos definir o que é o giroscópio, segundo o dicionário “o giroscópio é um dispositivo cujo eixo de rotação mantém sempre a mesma direção na ausência de forças que o perturbem”, logo para se alterar o eixo de rotação dele, precisaria exercer uma força.

 Pensando neste conceito, Ong e sua equipe imaginaram que se alguém com tremores nas mãos usasse uma espécie de luvas com um giroscópio anexado, teria o movimento do tremor mais difícil, pois necessitaria exercer uma certa força para mudar o eixo de rotação do giroscópio.

 Eles conseguiram desenvolver uma luva a qual colocaram o nome de Gyroglove. Nos testes que foram feitos, conclui-se que quando os pacientes  estavam usando a Gyroglove, tiveram os tremores reduzidos em 80%.

 A revista Technology Review, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), diz que o inventor ainda busca resolver alguns problemas finais asssociados ao produto, mas que a GyroGlove deve entrar no mercado em setembro de 2016, com preço estimado entre US$ 550 e US$ 850.

Texto por: Diana Maria Navroski Thomen

 Referências:

[1] DESCONHECIDO. 2014. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/parkinson>. Acesso em: 02 fev. 2016.

[2] CAMARGOS, A C R et al. O IMPACTO DA DOENÇA DE PARKINSON NA QUALIDADE DE VIDA: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Revista Brasileira de Fisioterapia, Belo Horizonte, v. 8, n. 3, p.267-272, 09 jun. 2004. Disponível em: <http://www.rbf-bjpt.org.br/files/v8n3/v8n3a13.pdf>. Acesso em: 02 fev. 2016.

[3] DESCONHECIDO. GyroGlove. Disponível em: <http://gyrogear.co/gyroglove/>. Acesso em: 09 fev. 2016.

[4] DESCONHECIDO. Doença de Parkinson. Disponível em: <http://www.doencadeparkinson.com.br/resumodp.htm>. Acesso em: 23 fev. 2016.

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