Nathan Rosen (1909 – 1995)

Nathan Rosen (1909 – 1995)

   Nathan Rosen nasceu em 22 de março de 1909 no Brooklyn, cidade de Nova York [1]. Sua primeira titulação acadêmica foi o bacharelado em engenharia elétrica pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). No mesmo instituto, ele obteve o grau de mestre em Física em 1929, e de doutor em Física em 1932 [2].

   Com 22 anos, Rosen já havia publicado dois artigos de grande relevância [3]. No primeiro deles, escrito em 1931, Nathan propunha a existência de uma partícula formada por um próton e um elétron juntos, a qual foi encontrada por James Chadwick em 1933 (mas como uma nova partícula, o nêutron, e não uma fusão das outras duas) [1]. No segundo, sobre moléculas de hidrogênio, ele apontou que os dois elétrons presentes na molécula não poderiam ser descritos individualmente por suas funções de onda, mas sim, juntos, devido ao comportamento emaranhado dos elétrons [1,2].

   Em 1935, Rosen passou a desenvolver pesquisas na Universidade de Princeton. Neste local, ele começou a trabalhar com Albert Einstein, tornando-se seu assistente. Juntos, Einstein e Rosen publicaram um artigo intitulado “The Particle Problem in the General Theory of Relativity” (O Problema da Partícula na Teoria Geral da Relatividade), no qual discutem a possibilidade do espaço se dobrar como duas folhas paralelas, com uma partícula formando uma “ponte” entre as duas folhas [1]. Essa proposição ficou conhecida como a ponte de Einstein-Rosen, e teve grande influência na ficção científica, onde é retratada através dos buracos de minhoca [1,2].

   Outro trabalho importante produzido por Rosen e Einstein, junto de Boris Podolsky, foi “Can Quantum-mechanical Description of Physical Reality Be Considered Complete?” (A descrição da mecânica quântica da realidade física pode ser considerada completa?), que diz respeito ao paradoxo EPR (Einstein-Podolsky-Rosen) e alegava que a mecânica quântica era uma teoria incompleta [1-3]. Esse paradoxo envolve um experimento mental onde existem duas partículas emaranhadas, separadas por uma determinada distância. Os autores dizem que a medida de certas propriedades de uma das partículas (como spin ou estado de polarização), permite inferir o resultado da medida na outra partícula instantaneamente, violando as leis da Física [1,2].

   Depois do período em Princeton, Nathan Rosen atuou como professor e desenvolveu pesquisas na Universidade de Kiev, na Ucrânia, e também na Universidade da Carolina do Norte, nos EUA. Em 1952, Rosen mudou-se para Israel, adquirindo nacionalidade do país. Nathan foi professor no Instituto de Tecnologia de Israel (Technion), na cidade de Haifa, e lá ajudou a fundar o Instituto de Física Teórica em 1953 [1,2].

   Rosen atuou no Technion até o fim de sua vida, se tornando professor emérito em 1979. Ele faleceu em 18 de dezembro de 1995 em Haifa, aos 86 anos [1].

            Autor: Cristhian Gean Batista Guimarães.

Referências

[1] SCIENTIST OF THE DAY – NATHAN ROSEN. Linda Hall Library,  2022. Disponível em: https://www.lindahall.org/about/news/scientist-of-the-day/nathan-rosen/. Acesso em: 8 jan. 2024.

[2] TIETZ, Tabea. Nathan Rosen – Wormholes and Time Travel. SciHi, 2023. Disponível em: http://scihi.org/nathan-rosen/. Acesso em: 8 jan. 2024.

[3] Research Professor Nathan Rosen, 1909-1995. Physics Department, Technion, 2021. Disponível em: https://phys.technion.ac.il/en/about/news/research-professor-nathan-rosen-26 years. Acesso em: 8 jan. 2024.

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