Freeman Dyson
Alice Dyson, irmã mais velha de Freeman Dyson, conta que desde os 4 anos, seu irmão vivia rodeado de enciclopédias e livros, levando-o a tentar calcular ainda nessa idade o número de átomos no sol. Essa curiosidade inata com os mistérios do universo levou Freeman, que nasceu no dia 15 de dezembro de 1923, na Inglaterra, a seguir a vida acadêmica. Aos 17 anos, enquanto estudava matemática aplicada com Abram Besicovitch, exímio matemático russo, recebeu uma bolsa para ingressar no Trinity College, em Cambridge. Em 1942, todavia, Dyson foi convocado para participar do projeto de bombardeamento da Força Aérea Real Britânica, onde analisou métodos para aperfeiçoar os bombardeiros dos aliados durante a Segunda Guerra Mundial. Após esses trágicos eventos que impactaram sua vida, Dyson mudou-se para os Estados Unidos, onde passou a trabalhar ao lado do Richard Feynman em Eletrodinâmica Quântica. Seus estudos atraíram a atenção de Oppenheimer, que lhe ofereceu um cargo vitalício no Instituto de Física Avançada, em Princeton. Durante os anos de 1957 a 1961, Dyson ingressou no projeto Orion, que visava construir um foguete com um propulsor nuclear. Devido a acordos governamentais, esse projeto encerrou-se. Essa experiência, entretanto, levou Dyson a participar de uma equipe que cuidava de um pequeno reator nuclear chamado TRIGA. Apesar dos inúmeros prêmios e honrarias que recebeu em sua vida, como a Medalha de Lorentz, Freeman Dyson nunca recebeu um Nobel de Física. Ele conta, em uma de suas entrevistas, que o motivo é que ele nunca conseguiu dedicar-se exclusivamente a um único problema vital para a ciência. Como exemplo, após ter trabalhado no projeto Orion, descoberto a série de Dyson, estudado a relação entre o princípio de exclusão de Pauli e a estabilidade da matéria, analisado o modelo de Ising e estudado topologia, análise real, teoria dos números e matrizes aleatórias, dedicou-se ao ecossistema. A partir de 1998, ano em que se juntou ao Solar Electric Light Fund, Dyson estudou os impactos das ações humanas no planeta Terra, como a emissão de gás carbônico e energias solares. Suas conclusões, entretanto, foram em confronto com os demais pesquisadores, afinal, não acreditava no aquecimento global. O aumento na temperatura terrestre, segundo o mesmo, além de não poder ser visto como um malefício, dado que supostamente ajudaria na produção de alimentos, não deve ser de interesse dos cientistas estudá-lo. Segundo Dyson, focar nesses problemas não deixaria que os cientistas vissem os reais problemas do mundo. Apesar dessas visões que contrastavam com a ciência moderna, Dyson era reconhecido mundialmente por seus pensamentos e opiniões sobre o universo. Sendo um grande admirador do cosmo, o que o levou a ser presidente do Instituto de Estudos Espaciais, em Princeton. Dyson propôs ideias inovadoras e futuristas durante esses anos, como: a esfera de Dyson, árvore de Dyson e formas de existência de colônias espaciais. Tendo inspirado inúmeros cineastas e escritores com essas ideias, como visto em Star Trek, Dyson recebeu renome e fama com o público leigo. Na academia sua fama também era conhecida, afinal, além de ser membro da Royal Society, uniu a física quântica e a conjectura de correlação de pares de Montgomery. Dentro da esfera política, Dyson desempenhou um papel fundamental contra a disseminação de conflitos, sendo um dos 29 cientistas que apoiaram Barack Obama em sua candidatura e na sua campanha contra guerras. Passados os anos, em 2020, Dyson veio a falecer com seus 96 anos de vida, deixando um legado de contribuições para a Física e a ciência. Autor: Gabriel Vinicius Mufatto. Referências: [1] Freeman Dyson. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Freeman_Dyson. Acessado em: 08 de set. 2023. [2] Freeman Dyson. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/freeman-dyson.htm. Acessado em: 08 de set.2023. [3] Freeman Dyson, criador da ‘Esfera de Dyson’, morre aos 96 anos. Disponível em: https://olhardigital.com.br/2020/02/28/ciencia-e-espaco/freeman-dyson-criador-da-esfera-de-dyson-morre-aos-96-anos/. Acessado em: 08 de set. 2023.