Maryana Viazovska

Maryana Viazovska

 

   A genialidade da matemática ucraniana Maryana Viazovska, nascida em 2 de novembro de 1984, foi vista desde sua juventude, onde classificou-se na décima terceira posição nas olimpíadas nacionais de Matemática. Esses conhecimentos matemáticos levaram-na a estudar na escola Lyceum de Ciências naturais de Kiev, referência no ensino de Física, Computação e Matemática, cujo processo seletivo é direcionado à alunos com faculdades mentais notórias.

   Ao formar-se no instituto, transferiu-se a outras instituições renomadas para prosseguir seus estudos matemáticos, como a universidade Nacional de Taras Shevchenko de Kiev em 2001, cuja estadia lhe proporcionaria duas medalhas nas olimpíadas de Matemáticas. Passando-se os anos, Maryana defendeu sua tese de mestrado   na Universidade de Tecnologia Kaiserslautem, situada na Alemanha, e cerca de três anos após essa conclusão, em 2010, doutorou-se pela Academia Nacional de Ciências da Ucrânia mediante o estudo das “desigualdades polinomiais e funções racionais e fórmulas quadrática das esferas”.

   Os anos seguintes, que seriam o grande stopin de sua carreira, foram antecedidos por árduas pesquisas e estudos, como na teoria dos números analíticos e formas modulares, que lhe proporcionou seu segundo doutorado, em 2013, pela Universidade de Bonn. O preludio desse momento ocorreu no ano 2016, onde ela revelou progresso no problema matemático dos empacotamentos de esferas. Durante esse período, em que cursava seu Phd na Universidade de Matemática de Berlim, seus estudos ressuscitaram esse problema, porém em uma nova perspectiva do que a do original proposto por Jhon Kepler, que ao invés de perguntar quantas esferas idênticas caberiam em um arranjo tridimensional (Kepler), questiona-se em oito dimensões.

   A cientista nota, contudo, que mesmo ao conseguir solucionar esse problema após seu primeiro avanço, somente como esforço de inúmeros matemáticos e modelos computacionais que ela o conseguiu. Muitos desses modelos matemáticos    computacionais, anteriores ao seu trabalho, possuíam a capacidade de resolver essa questão, ao empregar cálculos de extrema dificuldade por longas e longas “folhas”, antônimo a análise de Viazovska cuja elegância e “simplicidade” perpetuou-se por toda a comunidade cientifica. Realidade ou ficção, conta-se a história que ao defender esse trabalho usou-se cerca de 15 páginas, menos de um décimo das que foram utilizadas por seu antecessor, Hidalgo.

   Ao passar cinco anos desde sua descoberta, marcados pelos inúmeros prémios e homenagens a essa e outras conquistas matemáticas, como o Prêmio Ruth Lyttle Satter, em 2022, Maryana Viazovska, que trabalha no instituto Federal de tecnologias de Lausanne, ganhou a sua tão sonhada Medalha Fields por seus avanços imprescindíveis à área em que é tão apaixonada, como conta a mesma, sendo a segunda mulher a conquistar essa magnifica conquista.

   Outros pensamentos que residem em sua mente, que foram citados por ela, demonstram sua profunda tristeza devido a infeliz guerra que assola sua terra natal nesse ano (2022), mas em seus pensamentos otimistas ela comenta “Creio que reconstruiremos a paz, reconstruiremos nosso mundo e, com certeza, a ciência e o pensamento criativo terão papel fundamental nisso”. 

Autor: Gabriel Vinicius Mufatto. 

Referências

[1] O’Coner, J J. Maryna Sergiivna Viazovska. MT MacTutor. Disponivel em: https://mathshistory.st-andrews.ac.uk/Biographies/Viazovska/ . Acessado no dia 19 de setembro de 2022.

[2] Rodriguez, M . A Ucraniana que ganhou o “Nobel da Matemática “por resolver sem solução desde o século 17. BBC Nwes Brasil. Disponível em : https://www.bbc.com/portuguese/geral-62069614. Acessado no dia 19 de setembro de 2022. 

 [3] Maryana Viazovska. Wikipédia. Disponivel em: https://en.wikipedia.org/wiki/Maryna_Viazovska . Acessado no dia 19 de setembro de 2022.

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