Chandrasekhara Venkata Raman (1888 – 1970)
Chandrasekhara Venkata Raman nasceu em 7 de novembro de 1888, em Tiruchirappalli, na Índia. Desde muito cedo Raman tinha contato com o mundo acadêmico, pois seu pai era professor de Física e Matemática e, frequentemente, o emprestava livros universitários. Esse ambiente fez com que Raman tivesse uma grande curiosidade e interesse pela ciência [1,2]. Em 1902, com apenas 14 anos, Raman se mudou para a cidade de Madras (atual Chennai) para iniciar seu bacharel em Física na Presidency College, o qual completou dois anos depois. Após isso, em 1904, Raman ganhou uma bolsa de estudos para o mestrado na mesma universidade, concluindo-o em 1907, com 19 anos de idade [1,2]. Apesar de sua brilhante carreira acadêmica, Raman foi trabalhar no Departamento de Finanças da Índia convencido pelo seu irmão, pois a carreira acadêmica não era vista como uma profissão com “futuro”, e sua família estava com problemas financeiros. Mas, em seu tempo livre, Raman conseguia conduzir pesquisas experimentais [1,2]. Em Calcutá, ele fez pesquisas sobre instrumentos de corda na Associação Indiana para o Cultivo da Ciência, além de ministrar palestras públicas [2]. Raman entrou de vez para o mundo acadêmico em 1917, aos 28 anos de idade, quando a Universidade de Calcutá ofereceu a ele a Cadeira Palit de Física e, assim, tornou-se professor. Nessa mesma instituição, ele recebeu o primeiro de muitos títulos de doutor honoris causa [2]. As primeiras pesquisas de Raman foram na área da óptica e da acústica. Posteriormente, ele desenvolveu outros estudos experimentais e teóricos, um deles é sobre a difração da luz por ondas acústicas de frequências ultrassônicas. Mas sua pesquisa com maior destaque é sobre o espalhamento da luz, em que ele descobriu uma nova forma de espalhamento, chamado, em sua homenagem, de Efeito Raman [1]. O espalhamento da luz ocorre quando fótons interagem com a matéria e têm sua direção modificada. Basicamente, isso acontece quando as partículas ou moléculas têm dimensões da mesma ordem de grandeza do comprimento de onda dos fótons [3]. Se esse espalhamento é elástico, ou seja, não há troca de energia entre o fóton e a molécula, este é chamado de Espalhamento Rayleigh, responsável pela cor azul do céu. Porém, se essa interação é inelástica, o fóton perde energia e tem seu comprimento de onda modificado em troca de um movimento dos átomos da molécula [4]. Essa foi a grande descoberta de Raman quando, junto com seus estudantes em 1927, observou uma grande mudança na cor de uma luz monocromática atravessando a glicerina. Esse fenômeno foi chamado de Efeito Raman [2]. Em 1928, Raman obteve o primeiro espectro desse espalhamento com um espectrógrafo por ele mesmo inventado. Até hoje, a então chamada Espectroscopia Raman é utilizada para pesquisas sobre câncer e materiais [2]. Em 1930, Raman foi laureado com o Nobel de Física pela sua descoberta, sendo a primeira pessoa do continente asiático a ganhar tal prêmio [1]. Entre 1933 e 1948, Chandrasekhara foi professor no Instituto de Física da Índia. Em 1948, fundou o Raman Research Institute em Bangalore, onde trabalhou até 1970, ano de sua morte [1]. Autor: Cristhian Gean Batista Guimarães. Referências: [1] Sir Chandrasekhara Venkata Raman – Biographical. The Nobel Prize, 2022. Acesso em: 26 de junho de 2022. Disponível em: <https://www.nobelprize.org/prizes/physics/1930/raman/biographical/> [2] The Life of C.V. Raman. Edinburgh Instruments. Acesso em: 26 de junho de 2022. Disponível em: <https://www.edinst.com/ko/blog/the-life-of-c-v-raman/> [3] ANDRADE, A. CARNEIRO, B. PAIXÃO, M. Espalhamento Rayleigh e efeito Tyndall: Explicando e simulando o azul do céu. A Física na Escola. v. 17, n. 2, p. 25-29, 2019. [4] GUEDES, Ilde. MOREIRA, José. O Efeito Raman. Seara da Ciência – Universidade Federal do Ceará. Acesso em 26 de junho de 2022. Disponível em: <https://seara.ufc.br/pt/secoes-especiais-de-ciencia-e-tecnologia/secoes-especiais-fisica/o-efeito-raman/>
o primeiro paragrafo está errado, Chandrasekhara Venkata Raman nasceu em 7 de novembro de 1888.
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