Donna Theo Strickland (1959)
Nascida em 27 de maio de 1959 em Guelph, Ontário, no Canadá. Donna Theo Strickland recebeu, em 2018, o Nobel de Física pelo desenvolvimento de um método de geração de pulsos ópticos ultracurtos de alta intensidade, denominado CPA [1]. Seu interesse por lasers veio desde cedo, quando seu pai, um engenheiro, a levou em um museu de ciências e apontou os lasers como “o futuro” científico. Mais tarde, Donna se formou em Engenharia Física, na Universidade McMaster, em Hamilton, Ontário, sendo uma das três mulheres numa turma de vinte e cinco homens. Ainda em sua graduação, ela estudou eletro-óptica, e, posteriormente, para seu doutorado, em 1989, ela defendeu a tese “desenvolvimento de um laser ultra-brilhante e aplicação para ionização multifóton” [2,3]. Entretanto, a pesquisa que a rendeu o prêmio Nobel foi desenvolvida ainda durante seu doutorado e publicada em 1985, com Gérard Mourou, seu então orientador. O CPA (Chirped Pulse Amplification) foi revolucionário por aumentar a potência de um pulso curto (em petawatt) sem danificar o sistema do laser. O processo relacionado ao aumento de intensidade é esticar a onda, posteriormente voltando a comprimi-la. Esse tipo de laser é hoje utilizado em diversos âmbitos e um deles é na medicina, utilizado para cortes precisos. A respeito de sua carreira, entre os anos de 1988 a 1991, Strickland foi pesquisadora associada no National Research Council of Canada, em Ottawa. Por dois anos (1991 e 1992), trabalhou na divisão de laser do Lawrence Livermore National Laboratory, em Livermore, Califórnia. Então, trabalhou de 1992 a 1997 na Universidade de Princeton, no Centro de Tecnologia Avançada para Materiais Fotônicos e Optoeletrônicos. Por fim, em 1997, Donna se torna professora associada na Universidade de Waterloo [5]. De 2011 a 2013, Donna foi vice-presidente da The Optical Society. Atualmente é membro tanto da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos da América, quanto da The Optical Society [6]. Sobre sua vida pessoal, não há muito divulgado. Sabe-se que Donna Strickland é casada com Douglas Dykaar, um doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade de Rochester (mesma instituição onde Donna realizou seu doutorado). Ela tem dois filhos, Hannah e Adam [7]. Atualmente, em 2021, Donna ainda é professora associada à Universidade de Waterloo, no Departamento de Física e Astronomia. Donna foi a terceira mulher na ciência que recebeu um Nobel de Física. Atualmente, além de Donna, Andrea Ghez recebeu o prêmio em 2020. Assim como disse Strickland em entrevista à Academia Sueca: “Nós precisamos celebrar as mulheres na Física porque nós estamos por aí e, com o tempo, começaremos a avançar mais rapidamente. Estou honrada por ser uma dessas mulheres. ” Autora: Mariana Carachinski. Referências: [1] The Nobel Prize in Physics 2018, NobelPrize.org, disponível em: <https://www.nobelprize.org/prizes/physics/2018/strickland/facts/>. Acesso em: 19 set. 2021. [2] Laureate – Donna Strickland, Lindau Nobel Mediatheque, disponível em: <https://www.mediatheque.lindau-nobel.org/laureates/strickland>. Acesso em: 20 set. 2021. [3] Donna Strickland e Nobel de cientistas mulheres, disponível em: <http://www.sbfisica.org.br/v1/portalpion/index.php/noticias/103-donna-strickland-e-nobel-de-cientistas-mulheres>. Acesso em: 20 set. 2021. [4] Donna Strickland | Education Program for Photonics Professionals | University of Waterloo, disponível em: <https://web.archive.org/web/20181002182312/https://uwaterloo.ca/education-program-for-photonics-professionals/people-profiles/donna-strickland>. Acesso em: 20 set. 2021. [5] Donna Strickland | Biography & Facts, Encyclopedia Britannica, disponível em: <https://www.britannica.com/biography/Donna-Strickland>. Acesso em: 20 set. 2021. [6] Prêmio Nobel de Física Donna Strickland, nova membro da Academia das Ciências – Vatican News, disponível em: <https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2021-08/premio-nobel-de-fisica-donna-strickland-nova-membro-da-academia.html>. Acesso em: 20 set. 2021. [7] Donna Strickland, in: Wikipédia, a enciclopédia livre, [s.l.: s.n.], 2021, seç. Vida pessoal.