Prêmio Nobel em Física – 2020
Roger Penrose, Andrea Ghez e Reinhard Genzel; Fonte: site Nobel Prize.
A cerimônia do Nobel de 2020 aconteceu na Academia Real de Ciências da Suécia, em Estocolmo, sendo transmitida de maneira remota. Esta premiou, na categoria de Física, três nomes, sendo eles Roger Penrose, Andrea Ghez e Reinhard Genzel. Roger recebeu metade do prêmio, enquanto que Andrea e Reinhard dividiram a outra metade [2]. A temática do prêmio é uma das mais escuras do Universo (literalmente): Buracos Negros. A fim de melhor compreendê-los, é necessária uma gama de ferramentas matemáticas demasiadamente complicadas, entretanto, para ter uma visão geral, precisa-se saber apenas que, segundo a Teoria da Relatividade Geral de Einstein, o espaço e o tempo na verdade são um só, o chamado espaço-tempo, e que objetos que tem gravidade o curvam. Um buraco negro é consequência de uma contração crítica devido à gravidade de uma estrela supermassiva, e seu campo gravitacional é tão intenso que a velocidade para escapar dele é maior que a velocidade da luz, daí o nome buraco negro[1]. Roger Penrose, professor da Universidade de Oxford, recebeu o prêmio por provar, em 1965, que buracos negros são previsões derivadas da Relatividade Geral e que toda singularidade física é envolta por uma superfície esférica de raio determinado – o Raio de Schwarzschild [3]. Tanto Andrea Ghez e Reinhard Genzel, afiliados à Universidade da Califórnia no momento da premiação, em Los Angeles, foram laureados pela descoberta de um objeto supermassivo no centro da Via Láctea. Essa descoberta se deu por meio da observação e rastreamento do movimento de estrelas guias, as quais aparentam orbitar um ponto em comum. Uma possível explicação do movimento orbital dessas estrelas é a presença de um buraco negro supermassivo no centro da nossa galáxia [4]. O presidente do Comitê do Nobel de Física, David Haviland, disse: “As descobertas dos laureados deste ano abriram novos terrenos para o estudo de objetos compactos e supermassivos” [2] Ambas as descobertas são consideradas importantes para o estudo dos Buracos Negros, entretanto, é importante ressaltar Andrea Ghez, a quarta mulher a ser laureada com um Nobel de Física. A última mulher a receber um Nobel na mesma categoria foi Donna Strickland em 2018 [5]. Escrito por: Bruno H. L. Ribeiro, Leonardo R. O. de Rocco, Lorraine G. Fiuza J. e Mariana Carachinski. Referências: [1] Imagem retirada de: NobelPrize.org. Nobel Media AB 2020. The Nobel Prize in Physics 2020. Disponível em: https://www.nobelprize.org/prizes/physics/2020/summary/. Acessado em: 10/10/2020. [2] WELLE, Deutsche. Nobel de Física premia pesquisa sobre Buracos Negros. Made for minds. Disponível em: https://cutt.ly/hgi6kr2. Acessado em: 10/10/2020. [3] MATSAS, George. Penrose, Genzel e Ghez dividem o Prêmio Nobel de Física 2020 por sua pesquisa em buracos negros. Sociedade Brasileira de Física. Disponível em: https://cutt.ly/Rgi6hcS. Acessado em: 10/10/2020. [4] The Royal Swedish Academy of Sciences. The Nobel Prize in Physics 2020. Popular Science Background: Black holes and the Milky Way’s darkest secrets. Disponível em: https://www.nobelprize.org/prizes/physics/2020/press-release/. Acessado em 10/10/2020. [5] RIBEIRO, S. C.. Prêmio Nobel em Física – 2018. Disponível em: https://www3.unicentro.br/petfisica/2018/10/15/premio-nobel-em-fisica-2018/. Acessado em: 10/10/2020. [1] Para saber mais sobre buracos negros, acesse NETFISICA #4 – A Física de INTERESTELAR – GPET-FÍSICA