História da Teoria das Probabilidades

História da Teoria das Probabilidades


   O ser humano sempre esteve em contato com o acaso. Inicialmente acreditava-se que tudo o que ocorria era da vontade dos deuses, então criaram-se mecanismos para saber os desejos divinos. Mais tarde, tais mecanismos viriam a se tornar-se-iam jogos de azar.

   Com isso, surgiu o desejo de se saber quando as apostas seriam vantajosas. Vários entusiastas se envolveram no estudo dessa questão. Dentre eles destacou-se Girolamo Cardano (1501-1576), com seu livro Liber de Ludo Aleae (Livro dos jogos de azar) que pode ser considerado como um manual sobre jogos de azar. Não se atribui o desenvolvimento de uma teoria a Cardano, pois propusera nenhum teorema.

   A Teoria das Probabilidades surgiu nos meados do século XVII, sendo atribuída sua autoria a Blaise Pascal (1623-1662), juntamente a Pierre de Fermat (1601-1665), ambos matemáticos e amigos de longa data. Por meio de sete correspondências, nos quais expuseram suas reflexões sobre os problemas de distribuição de apostas, eles chegaram a uma solução, o que representou um grande passo para o surgimento da nova área.

   Após 3 anos da resposta de Pascal e Fermat, Christiaan Huygens (1629-1695) publicou “De Ratiotiniis in ludo aleae” (O Raciocínio do Livro dos Jogos de Azar) que é considerado o primeiro livro de cálculo probabilísticos, o qual contempla um estudo detalhado das teorias de Pascal, e introduz o conceito de Expectativa.

   Posteriormente, vários matemáticos passaram a se interessar pelas questões probabilísticas, como, Pierre-Simon Laplace (1749-1827), com seu livro Théorie Analytique des Probabilité, e Carl Friedrich Gauss (1777-1855), que desenvolveu o método de distribuição de probabilidades, dentre outros.

   A Teoria das Probabilidades se mostrou útil e com diversas aplicações em diferentes áreas como: na Física, na Engenharia, na Economia, entre outras, contribuindo com o desenvolvimento das mesmas. Há uma citação de Laplace sobre a Teoria das Probabilidades: [3]

A teoria das probabilidades, no fundo, não é mais do que bom senso traduzido em cálculo; permite calcular com exactidão aquilo que as pessoas inteligentes sentem por uma espécie de instinto…”.

Texto por: Leonardo Raphael Otto de Rocco.

Referências: 

[1] NOÉ, Marcos. História da Probabilidade. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/matematica/historia-probabilidade.htm. Acessado em: 8 de março de 2020.

[2] SÓ MATEMÁTICA. Origem das Probabilidades. Disponível em: https://www.somatematica.com.br/probab.php#. Acessado em: 8 de março de 2020.

[3] OLIVEIRA, Antónia R. Teoria das Probabilidades. Disponível em: https://webpages.ciencias.ulisboa.pt/~ommartins/seminario/pasca_l/probabilidades.htm. Acessado em: 8 de março de 2020.

[4] CALABRIA, A. R., & CALARARI, A. F. Um Passeio Historico pelo Inicio da Teoria das Probabilidades. X Seminário Nacional De História Da Matemática. Disponível em:  https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/335/o/Um_passeio_hist%C3%B3rico_pelo_in%C3%ADcio_da_teoria_das_probabilidades-Mariana_Feiteiro_Cavalari_e_Ang%C3%A9lica_R._Cal%C3%A1bria.pdf?1409001312. Acessado em: 8 de março de 2020.

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