Antonio Santi Giuseppe Meucci (1808 – 1889)

Antonio Santi Giuseppe Meucci (1808 – 1889)


   Antonio Santi Giuseppe Meucci nasceu em San Frediano, onde atualmente é um bairro de Florença, na Itália, em 13 de Abril de 1808. Sua história de vida se desenrola em torno de uma das invenções mais revolucionárias da humanidade: o telefone.

   Antonio Meucci estudou Engenharia Química e Engenharia Industrial na Academia de Belas Artes da capital de Toscana, uma região italiana. Ficou preso de 1833 a 1834 por participar do movimento de libertação italiano. Após isso, foi acusado de participar da conspiração do Movimento de Unificação Italiana, o que resultou na sua prisão por mais três meses.

   No dia 7 de agosto de 1834, casou-se com Ester Mochi, mulher que conheceu enquanto trabalhava como  técnico de cenários no Teatro della Pergola, em Florença. Em Outubro de 1835, o casal deixou Florença e foi viver no continente americano, inicialmente em Cuba, e, mais tarde, nos Estados Unidos. Em Cuba, Meucci aceitou um emprego no Gran Teatro de Tacon, em Havana. 15 anos mais tarde, em 1850, ele e sua esposa emigraram para os Estados Unidos, fixando residência em Clifton (em Staten Island, perto da cidade de Nova Iorque), onde viveram o resto de suas vidas. 

   A trama por trás da invenção do telefone se deu pelo fato de que as anotações feitas por Meucci tenham sido extraviadas, e Alexander Graham Bell, que por muito tempo foi conhecido como o verdadeiro inventor do telefone, tenha lido essas anotações a patenteado a invenção que, na verdade, seria de Meucci.

   Tudo começa com sua tentativa de construir um equipamento em que fosse possível comunicar-se com outras pessoas mesmo que estas estivessem a grandes distâncias. Meucci, mesmo imerso em dívidas e com uma condição financeira não muito boa, foi atrás de seu sonho e apresentou uma advertência de patente em 1871 (cinco anos antes de Bell arquivar sua patente).

   Ainda em 1871, o cientista estava a bordo do navio Staten Island Ferry quando este explodiu e o feriu gravemente. Enquanto se recuperava de suas queimaduras, Ester vendeu todo seu equipamento de laboratório para poder pagar o tratamento de seu marido, incluindo o equipamento responsável por toda sua dor de cabeça alguns anos mais tarde; este equipamento era o chamado telefone.

   Após estar recuperado, Meucci levou seus cadernos com todas as suas anotações sobre seus experimentos para a telegráfica Western Union (empresa multinacional que oferece serviços financeiros e de comunicação), mas esta não reconheceu seus trabalhos. Dois anos depois deste último esforço de Meucci, Bell apresentou uma patente e montou uma empresa na Western Union. Indignado com tal situação, o verdadeiro inventor do telefone processou Bell, mas, infelizmente, acabou por perder a causa, pois Bell, na época já era um homem bem-sucedido e com bons contatos, enquanto que Meucci era apenas um homem pobre e italiano que mal sabia falar inglês. 

   Em 2002, felizmente, houve uma nova decisão da Câmara dos Representantes dos EUA, que declarou a patente feita por Bell inválida e confirmaram que quem realmente inventou e testou o primeiro telefone foi Meucci em 1860.

   Antonio Meucci morreu em 18 de Outubro de 1889, na cidade de Nova York (EUA) onde, nesta época, ainda não era reconhecido como ser o inventor deste aparelho que utilizamos até os dias de hoje.

Texto por: Matheus Meoquior da Fonseca.

Referências:

PORTAL NOSSA SÃO PAULO. Antonio Meucci: O verdadeiro inventor do telefone. Disponível em: <https://www.nossosaopaulo.com.br/Reg_SP/Barra_Escolha/B_AntonioMeucci.htm>. Acesso em: 20 ago. 2019.

PARATICO, Angelo. The tragic tale of the telephone’s real inventor, Antonio Meucci. 2013. Disponível em: <https://www.scmp.com/lifestyle/technology/article/1240794/tragic-tale-telephones-real-inventor-antonio-meucci>. Acesso em: 19 ago. 2019.

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