Margaret Hamilton
Cientista da computação, foi ela que popularizou o termo “engenheira de software”. Margaret Hamilton nasceu em Paoli, Indiana, nos Estados Unidos, em 1936. No final da década de 50, Margaret já era formada em matemática pela Universidade de Michigan e começou a trabalhar como programadora do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Ela começou o emprego pensando em ajudar seu marido, que na época estudava na Harvard Law School. No início, Hamilton trabalhava com o desenvolvimento de Softwares climáticos, por isso, acabou fazendo uma pós-graduação na área de meteorologia. Entretanto, em 1960, ela se envolveu em um projeto denominado Semi-Automatic Ground Environment (SAGE), no qual ela escreveu seu primeiro sistema de defesa aéreo americano, feito para identificar aeronaves inimigas. Após isso, trabalhou no laboratório instrumental do MIT, onde provia tecnologias aeronáuticas para a NASA. Hamilton, então, tornou-se Diretora de Desenvolvimento de Software da Apollo e seu principal foco era identificar e corrigir erros do sistema. Foi durante uma das visitas de sua filha Lauren, ao trabalho de Margaret, que a menina causou um bug ao adicionar o programa de pré-lançamento enquanto a missão já estava em pleno voo. Esse bug denominado ”bug da Lauren” foi reportado por Hamilton, uma vez que ela acreditava que o erro poderia ser repetido. Curiosamente, esse bug foi visto na missão Apollo 8, que realizou o primeiro voo até a órbita da Lua. Hamilton então corrigiu o programa. O trabalho de Hamilton se tornou mais crucial quando durante a missão Apollo 11, que levava Neil Armstrong e Buzz Aldrin para solo lunar. Quando a missão estava já em andamento e o foguete quase pousando na Lua, o sistema computacional do mesmo estava em sobrecarga devido a atividades do radar de aproximação. As ações do computador em conjunto excediam o limite do mesmo e, por conta disso, a missão seria abortada; todavia, esse problema, mais uma vez, já havia sido previsto por Margaret e corrigido, assim, o computador passou a dar prioridade para o pouso e conseguimos, pela primeira vez, pisar na lua. Por conta dessa ação, que permitiu um grande “salto para a humanidade”, Hamilton recebeu em 2019 uma homenagem feita pelo Google: um retrato de 1,4 km² que foi feito utilizando espelhos em Ivanpah Solar Facility, no Deserto de Mojave. Nos anos que se seguiram ao pouso de Neil Armstrong na Lua, Hamilton saiu do MIT para trabalhar em uma iniciativa privada. Tornou-se co-fundadora da Higher Order Software e, em 1986, criou o Hamilton Technologies, empresa que moderniza o planejamento e engenharia de sistemas e softwares para empresas. Atualmente, aos 82 anos, Hamilton ainda se mantém ativa nas atividades de sua empresa, e já recebeu diversos prêmios por conta de sua importância, entre eles recebeu o prêmio Augusta Ada Lovelace da Association for Women in Computing, em 1986. Texto por: Mariana Carachinski. Referências: [1] Conheça a história de Margaret Hamilton, a programadora que salvou a missão à Lua, disponível em: https://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2019/07/conheca-historia-de-margaret-hamilton-programadora-que-salvou-missao-lua.html. Acessado no dia: 27/07/2019; [2] Biografia Margaret Hamilton, disponível em: https://www.deviante.com.br/noticias/ciencia/biografia-margaret-hamilton/. Acessado no dia: 27/07/2019; [3] Tributo do Google a cientista da Nasa tem mais de 100 mil espelhos, disponível em: https://amp.olhardigital.com.br/noticia/google-homageia-margaret-hamilton-engenheira-de-software-da-apollo-11/88192. Acessado no dia: 27/07/2019; [4] Margaret Hamilton: ‘They worried that the men might rebel. They didn’t’, disponível em: https://amp.theguardian.com/technology/2019/jul/13/margaret-hamilton-computer-scientist-interview-software-apollo-missions-1969-moon-landing-nasa-women. Acessado no dia: 27/07/2019; [5] Margaret Hamilton: sem essa mulher, o homem não teria pisado na Lua, disponível em: https://ada.vc/2018/03/22/margaret-hamilton/amp/#referrer=https://www.google.com. Acessado no dia: 27/07/2019.