O quilograma nunca mais será o mesmo a partir de 2019
Figura 1: Redoma de vidro com o quilograma padrão em seu interior. Fonte: Site Grupo Independente Isso porque a definição atual do quilograma que é baseada em um cilindro de platina-irídio já está ultrapassada a um bom tempo. O Protótipo Internacional do Quilograma (IPK) que fica guardado em um cofre no Escritório Internacional de Pesos e Medidas (BIPM) na França e era utilizado desde a Conferencia Geral de Pesos e Medidas em 1889. Nesses 129 anos em que esteve em vigor sua massa variou aproximadamente 50 microgramas em relação a outros padrões de medidas. A nova mudança não afetará o nosso dia a dia visto que essa variação que ocorreu é muito pequena, mas para os cientistas essa variação importa muito, visto que todas as balanças do mundo são calibradas de acordo com esse protótipo, assim gerando erros. A nova proposta é utilizar a constante de Planck para determinar a massa de um quilograma, assim como o metro utiliza a velocidade da luz, que também é uma constante fundamental da física. Será utilizado um aparelho chamado de balança de Watt (ou balança de Kibble), que se parece com uma balança de pratos, porém em um dos lados não será um objeto que será colocado para equilibrar e sim será utilizado uma potência eletromagnética, que é calculada a partir de uma corrente elétrica e da constante de Planck que relaciona massa com corrente elétrica. Como essa nova maneira de medir massa não utiliza objetos físicos, sendo assim, não pode ser perdida muito menos danificada. E como é definida a partir de constantes, permite uma precisão maior da medida exata do quilograma, além do que a medida pode ser feita em qualquer laboratório que possua o equipamento, não sendo necessário mais calibrar com o protótipo evitando mais erros. Texto por: Diego Henrique Witchemichen Referências: Por que em 2019 1 kg já não pesará 1 kg. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/geral-41789539>. Acesso em: 27 nov. 2018. MARTÍN, Bruno. Aprovada a nova definição universal do quilograma. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/13/ciencia/1542109733_360096.html>. Acesso em: 27 nov. 2018.