A Física nos Games
Hoje em dia, cada vez mais os jogos modernos nos proporcionam experiências mais realistas, principalmente em jogos de ação onde somos agraciados com enormes explosões, tiros e balas voando por todos os lados, objetos voando e caindo com grande fidelidade ao mundo real. Todos esses efeitos são produzidos graças às engines (motores) e bibliotecas especializados em simular apenas a parte física dos jogos. A física do mundo virtual é baseada na física do mundo real, de tudo o que vemos ao nosso redor, porém essa física dos jogos não precisa funcionar exatamente como a realidade, ela precisa apenas parecer real. Richard Bartle (professor e pesquisador na área de jogos) fala que na verdade os jogos digitais não precisam conter todas as regras e leis da física existentes para serem realistas, mas devem conter o essencial, as leis básicas da natureza, que já são o suficiente para satisfazer os jogadores. Antigamente, nos jogos de plataforma, a física era feita apenas utilizando aproximações simplistas do comportamento dos objetos, visando o desempenho, pois naquela época os processadores não suportariam fazer os cálculos complexos que uma física realista necessitava. Com o avanço na tecnologia e a chegada das placas gráficas, especializadas em fazer o trabalho gráfico pesado, os desenvolvedores de jogos começaram a implementar os cálculos de uma física mais realista, e desenvolver softwares especializados nessa tarefa, as engines e bibliotecas, para que pudessem ser reutilizados em outros projetos. A maioria dos objetos no mundo dos games são tratados como corpos rígidos, isso é, são os corpos sólidos e estão relacionados com a física mecânica. As propriedades dos objetos então são adicionadas a este corpo rígido, como massa e volume, e estas propriedades que definem como será a sua interação com o ambiente e outros objetos dentro do game. A interação mais utilizada dentro dos games é a colisão, que é determinada pelo formato do corpo rígido, porém esse formato não precisa ser exatamente igual a forma do objeto, mas o mais próximo o possível para uma melhor interação. As formas mais simples são esferas, caixas e cilindros. Se o objeto for mais complexo então utiliza-se também formas mais complexas que normalmente são combinações das formas simples. Texto por: Diego Henrique Witchemichen Referências: SANCHES, Bruno Crivelari. Introdução a Física nos Jogos. Disponível em: <http://pontov.com.br/site/index.php/matematica-e-fisica/246-introducao-a-fisica-nos-jogos>. Acesso em: 31 jul. 2018. CIANFA, Grazielle de Lima. A física básica nos jogos digitais. 2014. 97 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Mestrado em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2014. [2] EPA – United States Environmental Protection Agency (1992). A Citizen’s Guide to Radon. EPA 402/K-12/002. 2012. Imagem disponível em: <https://super.abril.com.br>