Prêmio Nobel em Física – 1927

Prêmio Nobel em Física – 1927

Arthur Holly Compton, Charles Thomson Rees Wilson; Fonte: site Nobel Prize.


O Prêmio Nobel de Física 1927 foi dividido igualmente entre Arthur Holly Compton “por sua descoberta do efeito que mais tarde recebeu seu nome” e Charles Thomson Rees Wilson “por seu método de tornar visíveis os caminhos das partículas carregadas eletricamente por condensação de vapor”.

Trabalhos que antecederam os trabalhos de Arthur Compton, mostraram que quando a matéria é exposta aos raios X, emite radiações de caráter diferente das radiações incidentes. Que entre estas, além da emissão de elétrons devido o efeito fotoelétrico, há também uma emissão de raios X secundários, os quais apresentavam uma frequência de onda menor (e consequentemente um comprimento de onda maior) que os da radiação incidente. Arthur Compton, a fim de estudar essa peculiaridade da radiação secundária, incidiu fótons de raios X em uma superfície metálica, e percebeu que o espectro de raios-X secundários, analisado em qualquer direção que não fosse a dos raios incidentes, apresentava duas linhas espectrais, uma com comprimento de onda igual ao dos raios incidentes, e outra com um comprimento maior. Essa diferença entre os comprimentos de onda aumentava conforme o ângulo de espalhamento também aumentava. A explicação de Compton, utilizando uma nova teoria corpuscular, foi de que o espalhamento dos fótons de raios X são causados pela colisão com elétrons, e o fato da frequência deste fóton espalhado ser menor que a incidente, seria causada pela transferência de energia para o elétron no momento da colisão.   Este fenômeno ficou conhecido como efeito Compton. Portanto, experimento confirmou que a radiação eletromagnética também poderia ser descrita como partículas de fótons seguindo as leis da mecânica.

Já o trabalho de C.T.R. Wilson, está relacionado ao fato de que quando o volume de uma mistura de ar e vapor de água aumenta abruptamente, pequenas gotas de água formam. Se o ar contém partículas carregadas eletricamente – íons – então a formação de gotículas tende a ocorrer em torno delas. Wilson explorou esse fenômeno quando construiu sua câmara de nuvem em 1911 – um recipiente de vidro com vapor de ar e água e dispositivos engenhosos que permitem observar os traços deixados pela radiação ionizante e as partículas que passam pela câmara e, consequentemente, serem fotografadas. A câmara da nuvem tornou-se uma ferramenta importante na física.

Arthur Compton nasceu em 10 de setembro de 1892, na cidade de Wooster, Ohio, EUA e morreu em 15 de março de 1962, na cidade de Berkeley, Califórnia, EUA. Na época em que foi laureado com o Prêmio Nobel, trabalhava na University of Chicago. C.T.R. Wilson nasceu em 14 de fevereiro de 1869, Glencorse, Escócia e morreu em 15 de novembro de 1959, Carlops, Escócia. Na época em que foi laureado com o Prêmio Nobel trabalhava na University of Cambridge.

Autor do texto: Desconhecido.

Revisado por: Felipe Leria Stefenon.

Referências:

EFEITO COMPTON. UFRGS. Disponível em: <https://www.if.ufrgs.br/~betz/iq_XX_A/efCompt/aEfComptonFrame.htm>. Acesso em 25 nov 2018.

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