Resenha de: “O Príncipe”

Resenha de: “O Príncipe”


Autor: Niccoló Macchiavelli;

Ano de publicação: 1515;

Gênero: Ciência politica;

   O Príncipe é, em suma, um livro sobre poder, lidando com a política, onde Maquiavel dá dicas e comenta sobre como deve ser governado um principado. Sua versão de bolso é separada em 23 capítulos, onde cada um consta com o nome de alguma história ou ponto de vista do autor. No livro, fica claro que os fins justificam os meios, de modo que não é necessário explicar os meios desde que o fim dê certo, independentemente pelo que se deve passar para chegar ao idealizado. Dessa forma, o livro é designado para os tiranos, de modo que os políticos façam qualquer coisa para permanecer na política. Algo que causou muitíssimo impacto na época e ainda depois, mas que hoje em dia parece retratar o atual cenário político.

    O livro descreve os diferentes tipos de Estado e como cada um afeta a forma de governo do príncipe. Maquiavel defende a seguinte situação: mesmo que o príncipe não seja bom e acabe perdendo o Estado, ele o readquire por pior que seja o ocupante. Quando ele pensa nos assuntos políticos, faz uma ligação entre autores antigos e as experiências do mundo moderno. Maquiavel afirma ser a história a mestra dos atos humanos, especialmente dos governantes, e que o mundo sempre foi habitado por homens com as mesmas paixões, sempre existindo governantes e governados, bons e maus súditos e aqueles que se rebelam devem, portanto, ser punidos.

   O autor postula haver duas principais vias pelas quais se adquire um principado – pelo exercício da virtú ou pelo dom da fortuna. Segundo o autor, o carisma da virtú é próprio daquele que se conforma à natureza de seu tempo, aprende o sentido e se capacita a realizar praticamente a necessidade das circunstâncias, isto é, dos momentos propícios fornecidos pela fortuna.

   Maquiavel nota que nós pensamos normalmente que o melhor para um governante é ter a reputação de ser generoso, mas se a generosidade for praticada em segredo ninguém saberá e ele será considerado ganancioso. Se for praticada abertamente, a necessidade de manter a sua reputação, poderá levá-lo à bancarrota e os governantes devem evitar ser odiados, o que é fácil de conseguir não confiscando a propriedade dos súditos do Príncipe, Maquiavel argumenta que o governante deve saber ser dissimulado desde que isso sirva as suas intenções. Quando o príncipe tiver necessidade de ser dissimulado, porém, não pode dar a ideia de que o é. De fato, deve mostrar-se sempre dotado de pelo menos cinco virtudes: clemência, benevolência, humanidade, retidão e religiosidade. Por esses fatores, O Príncipe de Maquiavel, descreve como deve-se governar um principado, de forma que o comando sob as polis seja pleno e prolongado.

Autora: Gabriele Chome.

Imagem retirada de: www.amazon.com.br/Príncipe-Nicolau-Maquiavel-ebook/dp/B01GN1PVRQ/ref=sr_1_2?__mk_pt_BR=ÅMÅŽÕÑ&keywords=O+Príncipe&qid=1581583833&s=books&sr=1-2

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