Resenha de: “O Mestre das Harpias”

Resenha de: “O Mestre das Harpias”

Título: O Mestre das Harpias

Autor: Luiz Antonio Aguiar

Ano da edição: 1997

Gênero: Ficção

Resenha:

   O livro “Mestre das Harpias” de Luiz Antonio Aguiar conta a história do menino Maitã. A  narrativa inicia contando como Maitã, um menino comum, com alguns problemas de indisciplina na escola, mas que adorava informática e que passava quase todo o seu dia navegando na internet. A rotina do menino começa a ter uma mudança quando recebe um e-mail sobre personagens mitológicos gregos, em especial sobre Harpias que iriam atacar o jovem. O e-mail ainda citava que Miatã seria Aquariano daquela geração, todavia, ele não havia entendido o significado do termo. Desde o ocorrido, Maitã começa a ter visões, alucionações e sonhos sobre vidas passadas em que observava campos de batalhas e ele como um guerreiro.

   Então, o autor nos apresenta um segundo personagem na trama, o pirata cibernético Rar’Quer. Tendo apagado qualquer conexão, este personagem tinha por hábito passar golpes em grandes corporações, viajando para diferentes lugares e vivendo à custa destes crimes. Contudo, logo em sua infância sua mãe havia predito que ele teria um papel importantíssimo em uma trama mitológica que remonatava ao continente perdido de Atlântida e que a cada geração era repetida. Sua mãe conhecia bem a história que desta mitologia por fazer parte de um grupo secreto de mulheres que  conseguiram sair da Atlântida antes dela ruir e que formaram diferentes grupos pelo mundo como Amazonas, Ciganas e Bruxas. Por esta tradição, Rar’quer seria uma espécie de guia e auxiliar do Aquariano, denominado de Uraniano na luta contra o mestre das Harpias. O mestre das Harpias seria o antagonista dos dois personagens apresentados até agora, comandando uma tropa com mais três harpias e que queriam destruir tanto Aquariano quanto Uraniano.

   Diferente do que faz com Maitã, o mestre das Harpias consegue atacar Rar’Quer em seus programas, ameaçando-o e fazendo com que ele fique desesperado com a potencial ameaça, além de instigado, pois este se considerava o melhor hacker. Então, surge a terceira personagem do livro, Elisa ou como seu nome na tradição mitológica de Mysa. Na mitologia, Mysa foi uma sacerdotisa da antiga Atlântida que iria se casar com o rei Aquariano. Nos dias atuais do livro, Miatã sente que seu destino está ligado ao de Mysa de uma forma que ele não consegue explicar. No desenvolver da trama, o menino passa a sofrer com suas vidas passadas que se apresentam nas visões e acaba não conseguindo lidar com o seu presente.

   Após uma série de problemas psicológicos enfretados por Miatã, o jovem recebe em sua casa um equipamento de simulação de realidade virtual em um pacote em que não havia o nome de quem havia enviado. O mesmo é enviado também para Rar’Quer. Miatã logo instala o equipamento e tem uma surpresa. Na realidade virtual é apresentada uma história em que ele é um principe (Aquariano) de Atlântida e que tem um romance com a sacerdotisa do templo de Poseidon (Mysa), mas que é visto de forma má pelo chefe do templo. Este então resolve entrar em guerra com o rei, mas como não tem forças suficientes faz pacto com criaturas demôniacas que o transformam junto com seus ajudantes em Harpias. Estes então atacam o palácio, mas não conseguem matar Aquariano, pois seu ajudante Uraniano o salva. Mas ao mesmo tempo, o Mestre das Harpias lança uma maldição de que em todas as gerações Aquariano reviverá e buscará seu amor em Mysa, mas que ele o matará. Como castigo, Poisedon decide que é melhor dar um fim para aquela civilização, afundando-a. Todavia, a maldição não é quebrada e na simulação virtual, Miatã percebe que alguns personagens como Ulisses ou D. Quixote já fizeram parte deste ciclo de eterno retorno.

   Então, o Mestre das Harpias resolve atacar Miatã para mata-lo. Nesta geração, o confronto entre os dois se daria na realidade virtual e que valeria a destruição de toda a rede da internet caso Miatã perdesse. Com a ajuda de Rar’Quer, Miatã consegue vencer o Mestre das Harpias que havia planejado uma armadilha quando perdesse, fazendo com que o menino escolhesse entre ir até Elisa ou salvar seu pai que estava gravemente ferido. O menino escolhe salvar seu pai, pensando que poderia deixar Elisa para um próxima vida. Contudo, não ocorre nada com a menina e os dois por ironia do destino acabam se encontrando num avião e assim ficando juntos. Nesta mistura de destino e mitologia, o autor constrói uma narrativa interessante.

Autora e apresentadora da resenha: Alaíne Gomes.

Imagem retirada de: https://www.amazon.com.br/Mestre-Harpias-Antonio-Farah-Aguiar/

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