Resenha: Roube como um artista

Resenha: Roube como um artista


Autor: Austin Kleon.

Ano de publicação: 2012.

Gênero: Autoajuda.

   Quem nunca parou em um momento da vida, olhou ao redor, viu pessoas inventando coisas diferentes e inovadoras e se perguntou: por que não sou criativo? Ou até mesmo: como faço para ser criativo? A resposta é simples: roube ideias. Como pontuado por André Gide: “Tudo que precisa ser dito já foi dito. Mas já que ninguém estava ouvindo, é preciso dizer outra vez”. Tudo o que aos nossos olhos parece inovador, realmente é, mas é tudo um apanhado louco de várias ideias.

   Roube como um artista é, segundo o próprio autor, um livro de dicas para uma versão dele no passado e que não servem somente para artistas, servem para qualquer um. Com uma leitura que flui facilmente, Kleon apresenta suas 10 dicas de como roubar como um artista.

   Você deve estar pensando que roubar é plágio e realmente é, mas não há nada de errado em copiar aquilo que lhe inspira e atrai o olhar, seja a arte de um artista, a jogada de um jogador e até mesmo a metodologia de um professor. A realidade é que não conseguimos copiar nada perfeitamente, algo sempre sairá diferente, é nesse momento que começamos a imprimir nossa própria característica. Ainda assim é plágio! Ok, mas copie todas suas inspirações, tire o que há de melhor e interessante, varie as referências e o que você terá é algo totalmente novo. Você será uma soma de todas as suas referências.

   Mas de nada adianta roubar momentaneamente e não guardar. É importante anotar e detalhar os pensamentos e, é claro, utilizá-los em alguma coisa diferente. Assim, quando você vir uma ideia que vale a pena ser roubada você coloca no seu arquivo de furtos e quando precisar de inspiração é só abrir esse arquivo.

   Como forma de reforçar as dicas passadas, o autor utiliza-se de situações e frases de personalidades conhecidas para exemplificar, como no trecho abaixo:

“Não há uma jogada que seja uma jogada nova”. A estrela do basquete Kobe Bryant admitiu que todas as suas jogadas na quadra foram roubadas dos vídeos que assistia. Mas no início, quando Bryant as roubava, percebeu que não podia executá-las completamente porque não tinha o mesmo tipo físico dos caras de quem estava roubando. Ele precisou adaptar as jogadas para torná-las suas. (KLEON, 2012, p.45)

   Roube como um artista é um livro indicado a todas as pessoas que em algum momento sentiram que não são criativas ou não conseguem ter ideias próprias em um mundo de inovações. Aprenda a roubar, a criatividade não tem a ver com dom.

Autor da resenha: Luciano C. Dias.

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