Ada Yonath
Ada E. Yonath nasceu em 22 de junho de 1939, Jerusalém (agora Israel). Vinda de uma família muito humilde, que administrava uma mercearia para ganhar a vida, mudou-se para Tel Aviv, junto de sua família após a morte de seu pai. Quando ocorreu, ela, com 11 anos, teve de trabalhar em várias áreas, desde limpar chão, ser babá e dar aulas de reforço para estudantes mais novos. Ada comentou em uma entrevista que seu interesse por ciência começou muito cedo, sempre foi muito curiosa; contou que fez suas primeiras experiências com 5 anos de idade, as quais resultaram num acidente, no qual Yonath, ao tentar medir a altura do chão ao teto de sua casa, caiu e acabou quebrando um braço. Apesar desse fato, continuou curiosa e sempre buscando explicações para suas dúvidas. Realizou boa parte de seus estudos na Universidade Hebraica de Jerusalém, cursando Química em 1962 e obtendo seu mestrado em 1964. Já em 1968, doutorou-se em cristalografia de raios-X no Instituto Weizmann da Ciência, onde manteve seus laços como pesquisadora. No ano seguinte, fez um pós-doutorado na Carnegie Mellon University, e outro no MIT, em 1970. Neste mesmo ano, criou um laboratório de cristalografia de proteínas em Israel, o qual foi o único nessa área por mais de uma década. Nos anos que seguem, Ada liderou um grupo de investigação no Max-Planck Institute for Molecular Genetics, em Berlim, e foi professora visitante na Universidade de Chicago. Em 2008, ganhou o Prêmio L’Oreal-UNESCO para Mulheres na Ciência e, no ano seguinte, ganhou o Prêmio Nobel em Química por suas descobertas pioneiras sobre a estrutura e a função dos ribossomos, prêmio o qual foi dividido entre Ada,Venkatraman Ramakrishnan e Thomas A. Steitz. Ao ser questionada sobre o que ela diria aos jovens que não querem estudar ciências ela responde: “ser cientista é um prazer. É divertido. Você faz uma pergunta que lhe interessa de verdade e trabalha para respondê-la. Essa é a melhor forma de trabalhar. Se você convence agências de financiamento que a sua pergunta é importante, eles vão lhe pagar para respondê-la. “Costumo comparar o desafio da ciência a escalar o Monte Everest. Chegar ao topo é fantástico, mas a escalada também é uma aventura.”; para ela, as qualidades de um bom cientista é ser curioso e ter um espírito crítico para saber se o que está fazendo é importante, exato e original. Atualmente, trabalha no laboratório visando duas coisas: desenvolver a nova geração de antibióticos e entender as origens da vida. O primeiro ponto diz respeito a uma preocupação crescente sobre a resistência causada por antibióticos, procurando desenvolver antibióticos melhores. “Esperamos que, embora os antibióticos sejam considerados menos lucrativos, as empresas se deem conta da importância do problema da resistência e das novas opções para reduzi-lo consideravelmente.” Texto por: Fernanda Barbieri de Lara. Referências: O Prêmio Nobel de Química de 2009. NobelPrize.org. Nobel Media AB 2019. Mon. 12 de agosto de 2019. <https://www.nobelprize.org/prizes/chemistry/2009/summary/> NOLAN, Cathy. Ada E. Yonath: “A ciência é desafiadora como escalar o Monte Everest”. Disponível em: <https://pt.unesco.org/courier/janeiro-marco-2018/ada-e-yonath-ciencia-e-desafiadora-como-escalar-o-monte-everest>. Acesso em: 12 ago. 2019. Ada E. Yonath – Facts. NobelPrize.org. Nobel Media AB 2019. Mon. 12 de agosto de 2019. <https://www.nobelprize.org/prizes/chemistry/2009/yonath/facts/> DESCONHECIDO. Ada Yonath. Disponível em: <http://www.cienciaviva.pt/divulgacao/quimica/ada2.asp>. Acesso em: 12 ago. 2019.