Prêmio Nobel em Física – 2017
Rainer Weiss, Barry C. Barish, Kip S. Thorne; Fonte: site Nobel Prize
O prêmio Nobel em Física do ano de 2017 foi dividido, com metade deste concedido a Rainer Weiss (1/2 do prêmio), e a outra metade concedida de forma conjunta a Barry C. Barish (1/4 do prêmio) e Kip S. Thorne (1/4 do prêmio), “por contribuições decisivas para o detector LIGO e a observação de ondas gravitacionais”.
Por volta de 1970, Rainer Weiss percebeu através de muita pesquisa que o detector perfeito para as ondas gravitacionais seria um interferômetro de laser e apostou no seu desenvolvimento. Então, Kip Thorne que desenvolvia a anos sua teoria de ondas se juntou a Weiss na construção do LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory, com tradução: Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferometria a Laser) que teve como liderança no final dos anos 90 e 2000 o físico Barry C.Barish, que também ajudou na melhoria do observatório. Seus esforços para ter o interferômetro com uma precisão extrema valeram a pena e o dia 14 de setembro de 2015 entrou para a história, como o dia em que pela primeira vez foram detectadas ondas gravitacionais, previstas por Albert Einstein em sua teoria da relatividade geral há mais de 100 anos atrás. Segundo o registro a onda detectada foi produzida pela colisão final de dois buracos negros em órbita um com o outro. Outras detecções aconteceram posteriormente a esta. Estima-se que a colisão entre os buracos negros aconteceu a aproximadamente 1,3 bilhão de anos atrás e, só conseguiu ser detectada graças aos esforços desses pesquisadores.
A detecção das ondas gravitacionais é um feito extraordinário para a humanidade, pois estas podem nos dizer o que compõe o Universo, saber quantos buracos negros ou estrelas de nêutrons existem por unidade de volume e até mesmo aprimorar a tecnologia, como por exemplo as chamadas “dobras espaciais”, que na série “Jornada nas Estrelas” eram usadas para viagens espaciais, devido ao fato de serem distorções no espaço-tempo como as detectadas ondas gravitacionais, dando a possibilidade de sua criação artificial.
O trabalho destes cientistas revolucionou a comunidade científica e proporcionou algo que transcende aos olhos dos estudiosos. Agora resta apenas “detectar” as melhores formas de se utilizar as ondas gravitacionais, pois estas já foram detectadas por pesquisadores que mostraram que anos de desenvolvimento científico podem resultar em descobertas fascinantes.
Texto por: Sanderson Carlos Ribeiro.
Referências:
NOBELPRIZE.ORG. The Nobel Prize in Physics 2017. Disponível em: < https://www.nobelprize.org/prizes/physics/2017/summary/>. Acesso em: 27 de março de 2019.
BAIMA, Cesar. Entenda as pesquisas que levaram o Nobel de Física de 2017. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/entenda-as-pesquisas-que-levaram-nobel-de-fisica-de-2017-21905193>. Acesso em: 27 mar. 2019.
LISBOA, Técnico. Prémio Nobel da Física de 2017 para a deteção de ondas gravitacionais. Disponível em: <https://tecnico.ulisboa.pt/pt/noticias/premio-nobel-da-fisica-de-2017-para-a-detecao-de-ondas-gravitacionais/>. Acesso em: 27 mar. 2019.