Júpiter: o maior de todos
No dia 8 de março deste ano (2016), o planeta Júpiter ficou visível de todos os lugares da Terra. O nosso planeta esteve exatamente entre o Sol e o gigante gasoso e, além do mais, este estará em máxima aproximação conosco. Espero que todos tenham pegado seus binóculos ou telescópios e olhado para o céu durante a noite para ver de camarote mais essa atração do Cosmos. Mas não seria bom, talvez, conhecer um pouco mais sobre esse planeta? A isso se destina esta publicação. Júpiter é o maior planeta do nosso sistema solar, ele representava para os romanos o maior de todos os deuses do panteão. Se somarmos toda a massa dos outros corpos que orbitam o Sol, teríamos aproximadamente a mesma massa de Júpiter. Chamado de gigante gasoso, esse planeta foi formado com a maior parte dos restos materiais da formação do Sol. Ele é visto com muitas manchas e nuvens coloridas. Essas nuvens são compostas por amônia e, provavelmente, outros elementos ainda desconhecidos que o provê a coloração. Ele completa uma volta em torno de si mesmo a cada 10 horas, ou seja, possui uma rotação extremamente rápida, o que cria fortes furacões por todo o planeta. Por não ter uma superfície sólida que possa parar esses furacões, estes podem persistir por anos. A Grande Mancha Vermelha já está sendo observada a mais de 300 anos e possui duas vezes o tamanho da Terra. Mais recentemente, três furacões menores se fundiram e formaram a Pequena Mancha Vermelha, com a metade do tamanho da maior. Os cientistas ainda não sabem se esses furacões espalhados por Júpiter são apenas superficiais ou se estendem até o interior dele. A composição atmosférica de Júpiter é similar à do Sol, ou seja, contém principalmente hidrogênio e hélio. Com a pressão e temperatura elevadas, mais abaixo da superfície o gás hidrogênio se torna líquido. Além disso, Júpiter pode ter o maior oceano do Sistema Solar. Ainda mais abaixo, a pressão pode ser tão alta que os elétrons seriam arrancados do átomo de hidrogênio, formando um condutor elétrico líquido. Os cientistas acreditam que é isso que causa a rápida rotação do planeta e que forma o poderoso campo magnético dele. A magnetosfera de Júpiter é a região do espaço que é influenciada por esse forte campo magnético. Ainda não se sabe se no centro há material sólido. Júpiter forma um mini sistema solar, ele possui 4 grandes luas e diversas outras menores. As luas que são descobertas são, primeiramente, chamadas de “luas temporárias”. Depois de confirmada a sua órbita, entram para a grande contagem de luas do planeta. Excluindo essas temporárias, Júpiter possui 50 luas ao todo. As quatro maiores – Io, Europa, Ganymede e Callisto – foram descobertas por Galileu em 1610. Hoje, elas são conhecidas como os Satélitas Galileanos e, com a missão Galileu da NASA, descobriu-se que Io é o corpo do Sistema Solar mais ativo vulcanicamente, Ganymede é a maior lua do Sistema Solar e é a única que possui seu próprio campo magnético e Europa pode possuir um oceano de água líquida com ingredientes para a vida sob a sua crosta congelada. Em 2011, a nave espacial Juno foi lançada pela NASA. Ela está prevista para entrar na órbita de Júpiter em julho deste ano. Essa sonda conduzirá uma aprofundada investigação sobre atmosfera, estrutura interior e magnetosfera do gigante gasoso para encontrar pistas da sua origem e evolução. Texto por: Bárbara de Almeida S. Referências: Jupiter: In Depth. Disponível em: http://solarsystem.nasa.gov/planets/jupiter/indepth. Acesso em: 29 de fevereiro de 2016. Confira o calendário astronômico de 2016. Disponível em: http://www.ebc.com.br/tecnologia/2015/12/calendario-astronomico-2016. Acesso em: 29 de fevereiro de 2016. 2016. Disponível em: http://exploradordosceus.blogspot.com.br/p/2016.html. Acesso em: 29 de fevereiro de 2016. Créditos da Imagem: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Kevin M. Gill. Disponível em: https://solarsystem.nasa.gov/resources/908/outbound-view-of-jupiter/?category=planets_jupiter