Paracelso (1493 – 1541)

Paracelso (1493 – 1541)

   Philippus Aureolus Theophrastus Bombast von Hohenheim, nascido em 1493, na cidade de Einseideln, Suiça, comumente conhecido como Paracelso, foi um médico, filósofo e alquimista da renascença. Adotou o nome Paracelso, pois significa, para muitos, “superior a Celso”, se referindo a Aulo Cornélio Celso, um famoso médico romano do século I, escritor do livro De Medicine, considerada a bíblia dos médicos da época. Paracelso sempre foi considerado um homem presunçoso e criativo. Ele concluiu sua formação em medicina na cidade de Viena e doutorou-se em Ferrara, na Universidade de Basileia. Durante sua formação, era conhecido por ter o costume de desafiar os mais honrados médicos da época [1, 2].

   Após sua formação, empenhou-se em pesquisar as propriedades curativas de minerais. Suas pesquisas revelaram que elementos químicos, como ferro, manganês e zinco poderiam fazer parte do corpo humano. Tal descoberta foi considerada inovadora e um pouco controversa para os especialistas da época, que estavam convictos de que esses elementos só poderiam ser achados em sua forma inorgânica, ou seja, na natureza [3]. 

   A partir daí, Paracelso propôs que minerais e metais podem interagir de modo benéfico à saúde do corpo humano, e um desses estudos propunham a cura da sífilis (infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum) com mercúrio. Hoje, sabe-se que esse tratamento é muito controverso e não é mais utilizado. No entanto, Paracelso foi a primeira pessoa a propor uma cura a uma doença que não envolvesse plantas, ervas ou animais [2].

   Ele foi o criador da quimioterapia, salientando também a necessidade do estudo das leis físicas da natureza, além da compreensão biológica e química do funcionamento dos medicamentos. Em seus estudos, introduziu o uso de substâncias minerais como arsênico, mercúrio, enxofre, chumbo, o ferro e também o ópio, como forma de curar doenças [3].

   Para Paracelso, tudo poderia ser uma cura ou um veneno, variando apenas a dosagem. Uma de suas célebres frases expressa exatamente esse princípio: “Todas as substâncias são venesosas, não existe nada que não seja veneno. Somente a dose correta diferencia o veneno do remédio.” ele trazia essa famosa frase como um mantra, revolucionando a medicina a partir dela, estudando as propriedades de outras substâncias além das tradicionalmente estudadas [1,3]. 

   Sua vida foi marcada por diversos amigos e inimigos: a comunidade médica da época, hora o repudiava, hora o exaltava, verdadeiramente uma montanha-russa de elogios e críticas. Por suas curas “milagrosas”, tidas a partir de seus estudos com minerais e seus derivados, era reconhecido como um exímio e grande médico, e por isso ganhou muito dinheiro e prêmios durante sua vida. Porém, devido a suas ideias revolucionárias e “fora da curva”, era constantemente criticado por médicos e organizações que preferiam a forma tradicional de curar as doenças [3].

   Ao fim de sua vida, estava ele sozinho, afinal nunca foi alguém de muitos amigos, mas feliz, escrevendo sobre passagens bíblicas e formulando teorias místicas e médicas. Acamado por uma doença desconhecida que o atingiu no inverno de 1541, morria ali, no dia 24 de setembro daquele mesmo ano, um dos grandes médicos e cientistas do mundo [3]. 

Autor: Juan Rattes de Brito.

Referências: 

[1] FRAZÃO, Dilva. Paracelso. Ebiografia, 2023. Disponível em: https://www.ebiografia.com/paracelso/. Acesso em: 20 jun. 2025

[2] Souza, Líria Alves de. Paracelso: cientista da saúde. Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/paracelso-cientista-saude.htm. Acesso em: 20 jun. 2025

[3] Da Redação. Paracelso: mago e cientista. Superinteressante, 1994. Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/paracelso-mago-e-cientista/. Acesso em: 20 jun. 2025

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