Jocelyn Bell

Jocelyn Bell

   Jocelyn Bell Burnell nasceu em 15 de julho de 1943, em Belfast, Irlanda do Norte, é uma renomada astrônoma britânica reconhecida por sua descoberta dos pulsares, que são fontes cósmicas de pulsos de rádio distintivos. Após completar sua graduação em Física pela Universidade de Glasgow, na Escócia, em 1965, ela continuou seus estudos na Universidade de Cambridge, onde alcançou seu doutorado em radioastronomia em 1969. Durante sua estadia como assistente de pesquisa em Cambridge, Bell Burnell desempenhou um papel fundamental na construção de um grande radiotelescópio no Observatório de Radioastronomia Mullard [1, 2].

   Em 1967, enquanto analisava os dados do monitoramento de quasares, Bell identificou uma sequência altamente regular de pulsos de rádio. Após consultar seu orientador a respeito, o astrofísico Antony Hewish, foi confirmado que esses pulsos, inicialmente apelidados de “LGM” (Little Green Men), não eram tentativas de comunicação por inteligência extraterrestre, mas sim provenientes de estrelas de nêutrons girando rapidamente, mais tarde chamadas de pulsares [1].

   Apesar da significativa contribuição de Bell Burnell para essa descoberta, o Prêmio Nobel de Física de 1974 foi concedido a Antony Hewish e Martin Ryle pela descoberta dos pulsares. Essa decisão gerou controvérsias, levando diversos cientistas a protestarem contra a omissão de Bell Burnell no prêmio. No entanto, ela mesma afirmou que o prêmio foi concedido de maneira adequada, considerando seu status de estudante na época [2, 3].

   Após essa descoberta, Bell seguiu uma carreira acadêmica e profissional diversificada. Lecionou na Universidade de Southampton de 1970 a 1973, tornou-se professora na University College London de 1974 a 1982 e também ensinou na Open University de 1973 a 1987. Além disso, trabalhou no Royal Observatory em Edimburgo de 1982 a 1991 e atuou como professora de física na Open University de 1991 a 2001. Posteriormente, foi nomeada reitora de ciências da Universidade de Bath de 2001 a 2004, antes de assumir o cargo de professora visitante na Universidade de Oxford [1, 2].

   Em reconhecimento a suas realizações, Jocelyn Bell foi honrada com diversos prêmios e distinções ao longo de sua carreira. Em 1999, foi nomeada Comandante da Ordem do Império Britânico (CBE), e em 2007, foi elevada a Dama Comandante da Ordem do Império Britânico (DBE). Em 2003, ela ingressou como membro na Royal Astronomical Society e, em 2008, foi eleita presidente desta mesma instituição. Em 2021, recebeu a prestigiosa Medalha Copley em reconhecimento a suas contribuições para a ciência [1, 2].

   Além de suas realizações científicas, Bell Burnell é conhecida por sua generosidade e compromisso com a promoção da diversidade e inclusão na ciência. Em 2018, ela doou integralmente um prêmio de 2,3 milhões de libras para apoiar grupos sub-representados na busca de carreiras em física [2, 3].

  Jocelyn Bell é uma figura notável na astronomia, desde sua descoberta em 1967 até sua influência continua como presidente da Royal Astronomical Society. Sua dedicação à exploração do universo, juntamente com seu papel de destaque em organizações científicas, solidifica seu legado como uma das grandes mentes da astronomia moderna.

Autor: Eloise Granville.

Referências

[1] Tikkanen, A. Jocelyn Bell Burnell – Astrônomo Britânico. Britannica. Disponível em: https://www.britannica.com/biography/Jocelyn-Bell-Burnell. Acesso em: 09/02/2024.

[2] Autor desconhecido. Jocelyn Bell Burnell. The Royal Society. Disponível em: https://royalsociety.org/people/jocelyn-bell-burnell-11066/. Acesso em: 09/02/2024.

[3] Walsh, L. Jornadas de Descoberta. University of Cambridge. Disponível em: https://www.cam.ac.uk/stories/journeysofdiscovery-pulsars. Acesso em: 09/02/2024.

 

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