O corcunda de Notre Dame

O corcunda de Notre Dame

Autor: Victor Hugo

Editora: Zahar, 1ª edição, 2013

Gênero: Romance

   O corcunda de Notre Dame é um romance escrito por Victor Hugo, publicado originalmente em 1831 com o título de Notre Dame de Paris. A história se passa em Paris no século XV, onde o autor retrata com detalhes tanto a estrutura física quanto a organização social e econômica da época.

   Embora o corcunda Quasímodo apareça no título e seja o personagem mais memorável, a grande protagonista é a catedral de Notre Dame. Victor Hugo escreveu essa obra com o propósito de evitar a demolição do monumento, que estava sendo constantemente saqueado, dando uma valorização a cultura e arte gótica.

   A história gira em torno da personagem Esmeralda, que possui uma beleza sobrenatural encantando a maioria dos personagens. Criada desde criança por ciganos, um povo nômade que sofre muita discriminação pela população que constantemente os chamam de egípcios e os acusam de bruxaria.

   Tudo começa com uma peça de teatro escrita e interpretada por Gringoire, um dramaturgo e filósofo fracassado, os espectadores se retiram antes do fim do espetáculo. Gringoire então sai para dar uma volta e acaba invadindo o território de uma classe da sociedade denominada “bandidos” pelo autor, após ser quase enforcado, é salvo por Esmeralda e consequentemente se casando com ela, mas ninguém leva esse casamento a sério.

Com o fim da peça, o público entediado resolve realizar a eleição do papa dos bufos, onde a pessoa mais feia era eleita. Obviamente Quasímodo acaba ganhando, nesse momento é descrita sua aparência monstruosa que causa medo e nojo nas pessoas.

   Somos então apresentados a história do corcunda, que foi abandonado quando tinha 4 anos de idade na porta da catedral e adotado pelo arquidiácono dom Claude Frollo. Cresceu isolado da sociedade nas torres de Notre Dame, seus únicos amigos eram as estátuas e gárgulas, posteriormente tornou-se sineiro que o levou a ficar surdo.

   Seu pai adotivo Frollo perdeu os pais aos dezenove anos e foi obrigado a cuidar de seu irmão mais novo. Sempre se dedicou a sua carreira de religioso e a seus estudos sobre alquimia, isso fez com que a maioria das pessoas acreditassem que ele era um bruxo. Sustentava uma paixão doentia por Esmeralda, tentando conquistá-la à força por meio de ameaças, tentativa de sequestro e abuso.

   Por fim destaca-se o capitão Phoebus da guarda de Paris, que salva Esmeralda de uma tentativa de sequestro e depois acaba tendo um interesse amoroso correspondido por ela. Durante um encontro, ele acaba sendo apunhalado por Frollo que foge e quem acaba sendo torturada e condenada à morte na forca foi a cigana.

   A obra tem uma leitura fácil, embora seja um pouco extensa e traga muitos trechos em latim, francês e outros idiomas, outro problema é o autor parar a história para contar detalhes excessivos sobre a cidade e arquitetura. Os temas abordados são críticas à monarquia, ao sistema judicial, ao casamento e a valorização da arte gótica.

Autor da resenha: Gian Carlos Bedreski do Prado.

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