Prêmio Nobel em Física – 1926
Jean Baptiste Perrin; Fonte: site Nobel Prize.
O Prêmio Nobel de Física de 1926 foi concedido integralmente a Jean Baptiste Perrin “pelo trabalho na estrutura descontínua da matéria e especialmente pela descoberta do equilíbrio da sedimentação”.
Para a realização de seu trabalho, Jean Perrin sustentou que se as moléculas fossem reais, as partículas misturadas em um líquido não deveriam afundar e se distribuir por todo o fundo do recipiente. Ao contrário, deveriam se distribuir por todo o líquido. Esta ideia surgiu de uma analogia que Perrin fez com os gases e partículas em nossa atmosfera, em que, mesmo em grandes altitudes, ainda existem partículas suspensas nela. Para comprovar tal ideia, o cientista precisou preparar um sistema de partículas muito pequenas, as quais, além do mais, deveriam ter o mesmo peso e o mesmo tamanho. Para isso, ele utilizou gamboge, uma preparação obtida de uma seiva vegetal e que pode ser manuseada como sabão. Ao esfregar com as mãos essa mistura debaixo da água, Perrin conseguiu obter uma emulsão, que ao microscópio revelou um enxame de partículas de diferentes tamanhos. Ao longo de meses, Perrin classificou partículas de um mesmo determinado tamanho. Então, depois de muita paciência e trabalho cuidadoso, pode realizar seu experimento, do qual obteve o resultado esperado. Entre esses resultados, estava uma evidência indireta da existência das moléculas e a determinação de uma das constantes físicas mais importantes, o número de Avogadro. Ele também fundamentou a teoria de Albert Einstein de que o movimento browniano (o movimento aleatório de pequenas partículas em um líquido) era devido a colisões entre partículas e moléculas no líquido.
Jean Perrin nasceu em 30 de setembro de 1870, na França e durante sua vida acadêmica estudou na Sorbonne University, em Paris. Lá se interessou pela física molecular, pois na época o estudo dos átomos e moléculas eram importantes, porém não se sabia se tinham ou não uma existência física.
Autor do texto: Desconhecido.
Revisado por: Felipe Leria Stefenon.