Émilie du Châtelet (1706 – 1749)
Émile du Châtelet nasceu no dia 17 de dezembro de 1706, em Paris, na França. Privilegiada ao nascer em uma família nobre, cujo pai Louis Nicolas le Tonnelier de Breteuil era favorável aos princípios de igualdade de gênero entre homens e mulheres, Châtelet adquiriu uma educação excelente e refinada aos parâmetros sociais do século XVIII. [1] No cenário da França naquele período, era comum que tanto homens como mulheres, tivessem amantes, mesmos os da corte real, assim, incluindo Voltaire. De fato, Émile e Voltaire se deram muito bem não só no contexto amoroso, os dois trabalharam juntos e formaram um comitê científico, reunindo diversos personagens que marcaram a história, dentre eles estava Denis Diderot. [1] Adiante, nesse período a cientista francesa começou a se interessar nos trabalhos científicos de Isaac Newton. Émilie du Châtelet foi a primeira pessoa a traduzir o livro ‘Principia’, já que ela dominava o Latim, e este era escrito nesse idioma. Assim, algumas modificações e acréscimos foram feitos por ela. [2] Por meio disso, sua principal contribuição para a Física estava no conceito da Conservação da Energia Mecânica. Ela realizou um experimento com bolas de chumbo em queda sobre um chão de argila e desta forma, sugeriu que: ‘as bolas de chumbo que chegavam no solo com o dobro da velocidade, penetravam quatro vezes mais o barro’. Esse experimento concedeu a Émile uma equação de proporcionalidade entre o quadrado da velocidade e sua massa – (mv2), e não a velocidade como produto da massa – (mv) proposta por Newton. [2] Contudo, a história de Émilie du Châtelet acaba tristemente após ela receber a notícia de que estava grávida aos 42 anos. Período que a cientista estava terminando seu primeiro livro científico que aborda inúmeras descobertas feitas por ela, o qual teria ficado sob responsabilidade de Voltaire após sua morte no dia 10 de setembro de 1749. Infelizmente esse livro jamais foi visto ou apreciado após seu falecimento [3]. Em resumo aos anos vividos juntos com Émile como sua ‘eterna e leal companheira’ as últimas palavras ditas pelo filósofo Voltaire no âmago de sua despedida foram: “O único defeito que Émilie du Châtelet desfrutava era ter nascido mulher, pois possuía a intelectualidade de um homem.” [1,3] Autor: Cassandra Trentin. Referências [1] Desconhecido. Émile du Châtelet. Wikipedia, a enciclopédia livre. (março de 2022). Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89milie_du_Ch%C3%A2telet> Acesso em 30 de setembro de 2022 [2] Mitieli Seixas da Silva. Émilie du Châtelet. BLOG MULHERES NA FILOSOFIA. 18 de março de 2020. < https://www.blogs.unicamp.br/mulheresnafilosofia/emilie-du-chatelet/> Acesso em 30 de setembro de 2022 [3] Ana Pais. Émilie du Châtelet a cientista grávida que correu contra ‘sentença de morte’ para terminar seu maior legado científico. BBC News Mundo. 23 de novembro de 2019. < https://www.bbc.com/portuguese/geral-50488564> Acesso em 30 de setembro de 2022
