Thomas Hunt Morgan(1886-1945)

Thomas Hunt Morgan(1886-1945)


   Thomas H. Morgan nasceu em 25 de setembro de 1866, em Lexington, Kentucky, EUA. Desde seus 10 anos de idade, Morgan já demonstrava grande gosto por história natural. Obteve seu grau de Bacharelado em Ciências na Universidade de Kentucky aos 20 anos [1].

   Nos anos de 1887 a 1890, neste obtendo seu Ph.D na Universidade Johns Hopkins, ocupou-se no laboratório costeiro Alphaeus Hyatt, Massachusetts, e no Laboratório de Biologia Marinha (MBL) de Woods Hole, neste entrando como investigador de verão e administrador; também fez pesquisa pela Comissão Píscea dos Estados Unidos. Ainda em 1900, visitou a Europa, trabalhando principalmente no Laboratório de Zoologia Marinha, em Nápoles, Itália, voltando para lá em 1895 e 1900. Durante suas visitas, conheceu Hans Driesch e Curt Herbst, sendo que aquele futuramente influenciaria sua direção de pesquisa, visando estudos sobre embriologia [1].

   De 1891 a 1928, foi professor nas Bryn Mawr College for Women e Columbia University, trabalhando nesta desde 1904. Em seguida, tornou-se professor de Biologia e Diretor dos Laboratórios G. Kerckhoff do Instituto Tecnológico da Califórnia (Caltech), em Pasadena, até 1945, nos últimos anos tendo seu próprio laboratório em Corona del Mar, na Califórnia [1].

   Desde cedo, Morgan mostrou criticismo ao mecanismo genético mendeliano. Com a ajuda de alguns colaboradores, descobriu uma ótima ferramenta de pesquisa: cultura de moscas da espécie Drosophila melanogaster. Logo que começou a trabalhar com estas, Morgan notou uma grande quantidade de mutações nas proles. Analisando as características a cada geração, Morgan, com o grande auxílio de seu colaborador Alfred Henry Sturtevant, na época graduando, aos 19 anos, da Columbia University, pôde desenvolver a teoria que demonstra a conectividade entre genes nos cromossomos, tornando possível a localização dos genes nestes por meio da análise da frequência de recombinação entre tais. Até mesmo uma unidade de distância arbitrária foi atribuída ao trabalho, sendo mais tarde denominada centimorgan (cM), em homenagem a Thomas H. Morgan. Sua teoria expandida foi publicada em seu livro, Mechanism of Mendelian Heredity (1915) [1, 2].

   Thomas teve também diversos outros trabalhos publicados de grande importância científica nas áreas de embriologia e regeneração, sobre esta publicando um livro: Regeneration. Fora os citados, Thomas escreveu outros 7 livros, todos na literatura da genética, clássicos. O cientista foi nomeado Membro Estrangeiro da Sociedade Real de Londres em 1919, e recebeu as Medalha Darwin, em 1924, e Medalha Copley da Sociedade Real, em 1939 [1].

   Em 1933, recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina “por suas descobertas sobre a influência dos cromossomos na hereditariedade”. Ele morreu em 4 de dezembro de 1945, quando ainda era professor de Caltech [1].

Escrito por: Bruno Henrique Lisenko Ribeiro

REFERÊNCIAS:

[1] Imagem retirada de: Thomas H. Morgan – Biographical. NobelPrize.org. Nobel Media AB 2020. Sat. 18 Apr 2020. https://www.nobelprize.org/prizes/medicine/1933/morgan/biographical/

[2] Lobo, I. & Shawk, K (2008). Thomas Hunt Morgan, genetic recombination, and Gene mapping. Nature Education 1(1):205.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *