Materiais: Dois tacos de tamanho médio, dois alvos (podem ser garrafas plásticas, latas de refrigerante ou pedaços de madeira apoiados em forma de tripé; tradicionalmente eram três ramos sem folhas de cerca de 30 cm) e uma bola pequena de borracha, uma bola feita de meias, ou até mesmo uma bola de tênis.

Descrição: Por se tratar de um jogo típico do interior do Brasil, praticado em campos abertos, descampados e até mesmo na rua, não há utilização de equipamento de segurança, mas podem ocorrer acidentes, principalmente com os tacos. Não se deve bater os tacos baixos porque pode machucar alguém que está com os tacos, e o lançador que fica atrás do rebatedor deve ficar um pouco afastado pois pode ser atingido pelo manejo do taco.

Campo: O campo pode ser de qualquer tamanho ou não possuir limites, e de qualquer tipo de terreno. É praticado preferencialmente em rua (de asfalto) ou na praia, também sendo possível jogar em grama ou no campo. Os dois alvos são separadas por uma distância de 20 metros. Uma circunferência de 60 centímetros de diâmetro é desenhada em volta de cada alvo, formando a base.

Este jogo é jogado por duas duplas, sendo que uma detém os tacos — os rebatedores — e a outra a bola — os lançadores. Cada rebatedor fica posicionado perto de um alvo, com o taco sempre tocando o chão dentro da base (esta posição é referenciada como “taco no chão”). Os lançadores se posicionam fora do espaço entre as bases. Eles podem entrar nesse espaço para pegar a bola, mas os lançamentos são sempre efetuados de trás da linha da base de seu lado.
A dupla de lançadores tem por objetivo derrubar o alvo do lado oposto do campo através do lançamento da bola. Conseguindo, alternam-se os papéis, os lançadores tornam-se rebatedores (conquistando a oportunidade de pontuar) e os rebatedores tornam-se lançadores.
A dupla de rebatedores procura defender o alvo dos arremessos adversários, rebatendo, se possível, a bola o mais longe possível para marcar pontos: Durante o tempo em que a dupla adversária corre atrás da bola, a dupla de rebatedores pode ficar alternando de lado no campo, sempre batendo os tacos no meio da quadra e sempre encostando o taco na circunferência da casinha, validando o ponto.
Se os lançadores derrubarem o alvo ou “queimarem” os rebatedores (ou seja, acertá-los com a bola antes de estarem de “taco no chão” em suas casinhas), esta dupla ganha os tacos.
Enquanto um rebatedor mantiver o taco encostado na área da base, a base está “protegida”, impedindo o lançador que está atrás da base de derrubar este alvo. Tirar o taco da área da base enquanto a bola não for arremessada permite que o lançador derrube o alvo de seu próprio lado do campo usando a bola e ganhe os tacos.
O jogo acaba quando uma das duplas conseguir marcar um determinado número de pontos (geralmente 10 pontos, ou 5 pontos para jogos mais curtos), e cruzar os tacos no meio do campo.
A dupla que conseguir chegar a 80% da pontuação da partida antes que a outra marque pontos, será declarada como vencedora, caso consiga fazer o “cruza” no meio do campo.
Você pode trocar de taco ou de lugar desde que peça licença para realizar essas ações. Quando a bola tocar no taco e ela for para trás é contado “uma para trás”. Caso isso ocorra três vezes seguidas, perde-se a posse dos tacos.
Ao chegar no limite dos pontos, dependendo das regras, não se tem trás, sendo assim permitido rebater para trás na pontuação máxima.
Se o time que estiver com a pontuação máxima e perder o taco, a contagem dos pontos da dupla cai para a metade.
Quando o jogador pegar a bola no alto sem ela quicar no chão, os adversários perdem o taco ou perdem o jogo (dependendo das regras combinadas).
Quando atingir os pontos necessários deverá derrubar a casinha em que seu parceiro está e cruzar os tacos.
Regra da reta. Se a bolinha for rebatida e não passar da casinha do outro rebatedor, ou seja, ficar entre as duas casinhas os lançadores podem pedir “reta”: O que arremessou a bola pode pegar a bolinha e arremessar de onde ela parou. Se antes disso o rebatedor pedir “nada”, o arremessador terá que pegar a bola e voltar pra trás da base.

  • Regra da lancha (ou carne).

Se o rebatedor do lado oposto do lançador encostar na bolinha com o pé (ou outra parte do corpo) conta “uma na lancha”. Se os rebatedores marcarem “3 na lancha” eles perdem os tacos. No Paraná, principalmente no sudoeste do estado, se for marcado “3 na lancha” a equipe não perde os tacos, perdem apenas 4 pontos.
Uma estratégia usada para conseguir os tacos é em vez de tentar acertar a casinha tentar acertar o rebatedor com um tiro direto. Esta estratégia tem a desvantagem de facilitar uma rebatida. No sul, principalmente no Rio Grande do Sul, existe ainda uma variação em que se a bola toca no pé do rebatedor é cobrada uma espécie de pênalti, onde o arremessador pode tentar acertar a casinha a alguns passos de distância do rebatedor.

  • Regra “pra trás”: Se a bolinha encostar no taco e for para trás do circulo do rebatedor, é contado “uma para trás”.
    Quando for contado “3 para trás” os rebatedores perdem os tacos. Se a dupla estiver com duas pra trás, por exemplo, e marcar pontos, são descontadas as vezes que a bolinha foi para trás, antes de dar três para trás, descontando também os pontos. Exemplo: se a dupla estava com 10 pontos e marcou mais 2 e tinham duas para trás, é anulada 1 para trás, e a dupla permanecerá com 10 pontos.
  • Vitória betes: Também conhecida como “Pedro Vitória”, “Maria Vitória”, “contar vitória”, “vitória 1, 2, 3” ou simplesmente “vitória” consiste em pegar a bola rebatida no ar e dá vitória automática à dupla de lançadores. No interior de São Paulo, quando a equipe consegue apanhar a bola no ar, deve gritar “vitória bets, entregue o taco”, porém a equipe da bola não recebe a vitória e sim, somente o taco para continuar a jogar. No interior de Goiás esse artifício é conhecido como “caju”.

E em muitos lugares de São Paulo a dupla que pegar a bolinha no alto além de ganhar a posse do taco, ganha também 2 pontos, assim como o “cruza”, cada cruzada de taco que a dupla rebatedora conquista, ganha 2 pontos.
No Distrito Federal, mais precisamente na cidade-satélite de Sobradinho, é aceito como regra de vitória total à dupla cujo lançador conseguir pegar a bola no ar, sem deixar que a mesma escape e toque ao chão. Esta regra também é muito usada no Paraná, principalmente em Curitiba e em Cascavel, em Fortaleza, e também em algumas partes do Rio Grande do Sul.
Pedido de time, tempo ou “bets morto”
No interior de São Paulo, o jogo só pode ser paralisado se houver pedido de tempo, ou time (em inglês), também conhecido como “licença bets” ou “bets-tempo”, como também “bets-empacotado” e “licença pra um”. Caso contrário, os jogadores podem derrubar a casinha adversária se um dos jogadores se ausentar da partida sem solicitar time.Time-pra-dois é a expressão utilizada quando é necessário pausar o jogo. Assim que for solicitado o Time-pra-dois, conta-se até 100. Se o jogador ausente não voltar nesse período, os adversários podem começar a contar os betes até que o jogador volte. Quando uma dupla solicita time-pra-dois, ele recebe “uma pra trás”. Em Brasília, chama-se LB2(“licença bet dois”). No Rio de Janeiro (cidade), a regra de descanso é falado “taco-pra-dois” se for para os dois jogadores ou todos eles, e “taco-pra-um” se só for um jogador com o taco.

  •  Pedido de “pátio” ou “bolinha perdida”

Se a bola rebatida cair em local de difícil acesso (pátio de prédio com portão trancado ou com cão ou ainda terreno baldio com mato fechado), a dupla de rebatedores só poderá marcar pontos até que a outra dupla grite “pátio” ou “bolinha perdida” e haja, claro, comum acordo quanto à dificuldade de acesso. Em geral, quando a bola é isolada a um local de difícil acesso, a dupla de rebatedores ganha pontos adicionais por causa da interrupção ou até mesmo decreta-se sua vitória.

Fonte: Dia a dia educação/  http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=392