Três trabalhos da Unicentro conquistam Prêmio Sangue Novo no Jornalismo Paranaense

Renatha e Douglas, segunda e terceiro colocados na categoria Radiodocumentário (Foto: Arquivo Pessoal)

Anualmente, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná promove o Prêmio Sangue Novo no Jornalismo Paranaense. Em 2017, a premiação chegou a sua 21. edição, com 23 categorias. No total, segundo os organizadores, foram 540 trabalhos inscritos, dos quais 69 foram classificados para a final. Entre eles, estavam três desenvolvidos por alunos da Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste) em uma das disciplinas do curso de Jornalismo da instituição, considerado pelo MEC (Ministério da Educação) o segundo melhor do Paraná.

Dois desses trabalhos concorreram na mesma categoria – Radiodocumentário – e ficaram com a segunda e a terceira colocação. “Memórias entre quatro linhas”, desenvolvido na disciplina de Jornalismo Especializado, ministrada pela professora Éverly Pegoraro, foi produzido, conjuntamente, pelos acadêmicos Carlos Souza Junior, Douglas Kuspiosz, Marina Pierine e Sabrina Ferrari.

“Ele é um documentário que trata da história do futebol de campo aqui em Guarapuava. A nossa proposta foi desenvolver o piloto sobre a história do Guarapuava Esporte Clube, que foi o primeiro time de futebol da cidade. Nós contamos, cronologicamente, a história desse clube, desde sua fundação em 1926 até os dias atuais, através das vozes de funcionários, ex-funcionários, ex-jogadores, torcedores e pessoas que tiveram algum tipo de relação profissional e, até mesmo, afetiva com o clube”, detalha Douglas.

Já o radiodocumentário segundo colocado no Sangue Novo – “A luta por uma Educação Revolucionária” – foi desenvolvido pela acadêmica Renatha Giordani, na disciplina de Radiojornalismo, ministrada pela professora Layse do Nascimento. “Eu sempre gostei, sempre quis fazer um Jornalismo de imersão, que vai a rua, que seja mais social, mais militante, que lide com questões mais políticas. Foi assim que surgiu a ideia de ir para o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Passamos um fim-de-semana lá, posamos, passamos por todos os rituais, participação da formação da juventude e foi aí que nasceu a ideia de falar sobre a EDucação no Movimento”, descreve a estudante sobre a produção da peça premiada.

Projeto multimídia “Florescer” foi premiado na categoria Assessoria de Imprensa (Foto: Arquivo Pessoal)

Já a produção multimídia “Florescer” conquistou o primeiro lugar na categoria Projeto Jornalístico em Assessoria de Imprensa. Desenvolvido pelos hoje jornalistas Caio Budel, Isabela Lessak, Nádia Moccelin, Naiara Persegona e Priscila Schran, como Projeto Experimental em Jornalismo, com orientação da professora Ariane Pereira, o trabalho é composto por três peças e contou, em sua produção, com a parceria da Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres de Guarapuava.

“Nós conversamos com a Secretaria, nós procuramos atender todas demandas deles e, a partir disso, desenvolver produtos jornalísticos e comunicacionais que chegassem a diferentes públicos. Com o livreto, nós procuramos alcançar as lideranças políticas e públicas para que elas financiassem, divulgassem e dessem importância a nossa causa, a causa da violência contra a mulher. Depois, com o documentário especificamente, nós buscamos sensibilizar as mulheres, fazer com que elas se identificassem com as diferentes histórias das mulheres que deram os depoimentos, porque entendemos que a partir de uma sensibilização nós conseguiríamos chegar mais fácil até essas mulheres que estão em situação de violência. Por fim, com a série de spots radiofônicos para rádio atenderíamos uma demanda mais ampla, tentando chegar a comunidade de modo geral e fazer ela lembrar, discutir, refletir sobre a violência contra a mulher”, relata Nádia.

Também integrante do grupo responsável pelo “Florescer”, Caio celebra a conquista que, para ele, não é para os alunos e sim para a causa do combate à violência contra a mulher. “A gente já considerava o Florescer um trabalho vitorioso só pelo papel social dele, de conscientização sobre os tipos de violência contra a mulher e sobre como combater esses tipo de violência. Então, ver um trabalho tão importante ser reconhecido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná fortalece esse nossos pensamento, de que a gente precisa sim falar sobre os tipos de violência contra a mulher, mas, mais que isso, mostrar que existem instituições estão aí para ajudar com todo o suporte necessário”.

Como Caio, os demais alunos premiados também valorizam as três conquistas do curso. “O reconhecimento é muito bacana para todo o curso de Jornalismo”, comemora Renata, para concluir: “Nós lidamos com muitas dificuldades e conseguir um produto que se sobressai é algo muito legal”. Pensamos similar ao de Douglas: “Ter conseguido o terceiro lugar foi muito bacana. E ver outros trabalhos da Unicentro também serem premiados no Sangue Novo também foi muito especial porque mostra para o Estado todo o que nós estamos produzindo aqui”.

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