Com apoio do Universidade Sem Fronteiras, Florescer inicia oficinas nas escolas municipais

Com apoio do Universidade Sem Fronteiras, Florescer inicia oficinas nas escolas municipais

As crianças matriculadas no terceiro ano do Ensino Básico da Escola Municipal Professora Luiza Pawlina do Amaral estão participando das ações piloto do projeto “Maria da Penha nas Escolas”, proposto pela Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres de Guarapuava em parceria com a Defensoria Pública. As duas entidades desenvolveram as duas primeiras atividades no colégio, uma voltada para professores e outra para os pais, e agora a terceira e última fase tem planejamento, organização e execução do projeto de extensão da Unicentro intitulado “Florescer – a Comunicação na efetivação de políticas públicas para mulheres”, apoiado pelo programa Universidade Sem Fronteiras (USF), da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti).

A Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres de Guarapuava e o Florescer são parceiros desde 2016. Este é o terceiro ano que desenvolvemos atividades em conjunto. Para a Secretaria é muito importante na medida em que as ações do projeto da Unicentro são sempre propostas a partir da escuta de quais são as demandas, as necessidades tanto da Secretaria quanto da Rede Municipal de Enfrentamento à Violência contra a Mulher”, rememora Priscila Schran de Lima, que é secretária de Políticas Públicas para Mulheres de Guarapuava.

Na primeira oficina, as crianças participaram de um jogo ao ar livre e refletiram sobre os direitos e dos deveres das crianças (Foto: Florescer)

As oficinas com os estudantes teve início na última sexta-feira (23) e seguem pelas próximas duas semanas. “Nossas ações”, conta a professora Ariane Pereira, coordenadora geral do Florescer, “estão todas ancoradas na Educomunicação, uma área, relativamente recente, que busca trabalhar a Comunicação no âmbito escolar, visando impulsionar a aprendizagem dos estudantes e, principalmente, possibilitar o reconhecimento deles de seu lugar de cidadão ativo da sociedade, na comunidade, com todos os direitos e os deveres que implicam o exercícios da cidadania”.

Na primeira oficina, as participantes do projeto – as professoras Iris Tomita e Renata Caleffi, a jornalista Walquíria de Lima e as estudantes de jornalismo Ágata Neves, Mayara Maier, Priscila Pollon e Renatha Giordani – propuserem para os alunos um jogo em que as casas eram bambolês e em que eles avançavam por elas conforme respondiam questões que versavam sobre temas constituintes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “As perguntas trataram, efetivamente, dos direitos e dos deveres das crianças – como acesso a saúde, a educação, ao brincar – e também da responsabilidade dos adultos para com elas”, explica a professora Renata. “Além disso”, complementa Ariane, “como nos inserimos no Maria da Penha nas Escolas e nosso principal objetivo é o combate à violência contra a mulher, trabalhamos questões relacionadas à equidade entre homens e mulheres; ricos e pobres; brancos, negros e índios”.

Duas turmas de terceiro ano estão participando das ações nessa etapa piloto (Foto: Florescer)

As próximas duas oficinas serão realizadas nessa segunda-feira, 26, e na próxima sexta, 30 de novembro. “Na segunda ação vamos trabalhar, especificamente, a questão da igualdade de oportunidades no sentido de que ser menino ou menina, homem ou mulher não pode limitar nossas possibilidades de desenvolvimento e crescimento, seja na escola, em casa ou no mercado de trabalho”, detalha Walquíria. “Já na oficina de número três, vamos trabalhar a Educomunicação, mostrar como a Comunicação nos possibilita demonstrar nossas sentimentos através de produtos – como vídeos, cartazes, gibis. E, a partir disso, vamos explicar que eles também poderão se expressar dessa maneira”, completa Iris.

A partir daí, entre os dias três e 10 de dezembro, as crianças, com o apoio das integrantes do projeto, trabalharão no desenvolvimento de produtos educomunicativos. A professora Carla Fernandes, regente de uma das turmas, afirma que o projeto Florescer mostrou, já nessa primeira oficina, ser “de suma importância já que as crianças vão ter mais liberdade para se expressar, de falar o que elas estão sentindo. Vem a acrescentar na vida escolar deles e na vida pessoal também como criança”.

Representantes do USF, da Defensoria Pública, e da Secretaria Municipal der Políticas Públicas para Mulheres acompanharam a primeira oficina e também enaltecem a ação. “Essa projeto é muito lindo. Que bom que tive a oportunidade de participar disso e, principalmente, que bom que a universidade tem a possibilidade de participar assim da comunidade”, afirma a coordenadora institucional do USF na Unicentro, Letícia Faggion. Já Camila Grande, psicóloga da Secretária, diz que “são as parcerias, como essa com o Florescer, que permitem que consigamos concretizar tudo o sonhamos dentro da Rede Municipal de Enfrentamento à Violência contra a Mulher. Nesse trabalho estamos investindo no futuro, para que as relações entre homens e mulheres sejam mais iguais, assim como as oportunidades para ambos”.

Deixe um comentário