Exposições culturais integram a programação do XXXI Encontro da Arte Folclórica

Exposições culturais integram a programação do XXXI Encontro da Arte Folclórica

Há 31 anos o Encontro de Arte Folclórica proporciona à comunidade o contato com as manifestações da cultura popular e isso acontece de diversas maneiras. Na Casa da Cultura, por exemplo, é realizada a contação de histórias. E na hora de ouvir e aprender sobre a lenda das Cataratas do Iguaçu, as turmas do primeiro e do segundo anos da Escola Municipal do Campo Enoch Tavares prestaram muita atenção. “É muito bom porque na escola a gente trabalha, mas quando a gente tira da escola para um lugar diferente, se torna para eles um momento inesquecível. Então, é bem mais proveitoso”, avalia a professora Sonia Alves.

Proveitosas também são as parcerias que vem sendo firmadas, como ressalta a Diretora do Departamento de Cultura da Prefeitura de Guarapuava, Rosevera Bernardim. “Há anos a Unicentro vem fazendo a questão do folclore, que é interessantíssimo manter isso e fazer com que as crianças entendam o que é, e que se mantenha a tradição de tantas coisas que acontecem”, opina.

Mas não é só a Casa da Cultura que recebe as atividades do Encontro de Arte Folclórica 2018. A programação conta ainda com três exposições. Uma delas está sendo realizada na Academia de Letras, Artes e Ciências de Guarapuava, a Alac, em parceria com o Instituto Histórico. A mostra “Diversidade na mala: souvenirs de viagens” conta com mais de 50 peças de 28 países diferentes. São roupas e objetos típicos que traduzem a diversidade cultural, como explica o presidente do Instituto Histórico de Guarapuava, Ariel José Pires. “O objetivo principal é cultural mesmo, de você desenvolver esse olhar que as pessoas não estão muito acostumadas sobre coisas e culturas de outros países. Então, esse é o objetivo dessa exposição, um olhar sobre culturas diversas”.

O presidente da Alac, Cláudio Andrade, salienta que mais do que tudo, viajar é uma experiência cultural. “A viagem para nós não é só entretenimento, viagem para nós tem um sentido cultural. Então, é um espaço muito importante para que a comunidade de Guarapuava possa vir aqui e prestigiar, nos dar esse apoio”, enfatiza.

No campus Santa Cruz exposição Raízes retrata cultura guarani (Foto: Priscila Pollon)

Todos os objetos da exposição pertencem a integrantes do Instituo Histórico de Guarapuava e da Alac. Áurea da Luz é agente cultural da Academia e trouxe a sua contribuição. São lembranças de viagens pela Alemanha e por Portugal. “Nós moramos num país em que a cultura é um mix de culturas de muitos países, é uma mistura cultural. E a gente se identifica quando viaja, a gente conhece já a vida das pessoas de outros países que moram aqui, comportamentos, o folclore deles e a gente se identifica e quer trazer alguma coisa para guardar”, conta.

Outra exposição que integra a programação do evento pode ser conferida no Campus Santa Cruz da Unicentro. A mostra fotográfica “Raízes”, de autoria de Maurício Pilati e Camila Maciel, retrata a cultura indígena guarani através do modo de vida, da língua, da arquitetura e das crenças. A agente universitária Elizabete Ribas Lustoza avalia que aprender sobre a cultura indígena é aprender mais sobre nós mesmos. “A gente pensou raízes, trabalhar com o indígena, porque quando se fala de raízes profundas, a gente tem as raízes profundas na etnia indígena”, explica.

Esse ano, além dos espaços culturais da Unicentro e de antigos parceiros como a Casa da Cultura e a Alac, o Teatro Municipal também recebe exposições e apresentações. No mais novo espaço cultural de Guarapuava, os visitantes podem conferir a exposição “Gaúcho Paranaense” organizada pelo Centro de Tradições Gaúchas Chaleira Preta. O objetivo é mostrar os aspectos culturais e como eles foram transmitidos através do contato entre os povos, em especial, os do Rio Grande do Sul e do Paraná.

Assuntos diferentes que contribuem para um Encontro de Arte Folclórica cada vez mais multicultural, como destaca Elizabete. “São coisas diferentes, mas todas elas contribuindo para enriquecer o Encontro. Então, tem muita coisa, tem muito que a gente tem que preservar e acho que as pessoas vão gostar de assistir”, opina.

As exposições “Diversidade na Mala” e “Raízes” seguem abertas à visitação até 31 de agosto. Já a mostra “Gaúcho Paranaense”, que acontece no hall de entrada do Teatro Municipal, encerra no dia 28 de agosto.

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