Blooms Day comemora a literatura e festeja o romance Ulysses, de James Joyce

Uma data para comemorar a literatura. Esse é o Blooms Day. Dia em que é  festejado o romance Ulysses, do escritor irlândes James Joyce. Em Irati, a Unicentro também celebrou a data. A festa, organizada pelo professor Edson Santos Silva, do Departamento de Letras, em 2018, chegou a sua sétima edição. “Aqui é um gatilho, em que a gente fala da obra de Joyce, mas a gente fala de vários outros poetas, de várias obras literárias. Além disso, tem dança, muita música e é um momento para a gente, realmente, comemorar em torno de uma das artes mais importantes para a humanidade, que é a arte literária, que é a leitura”.

Atividades culturais são parte da programação do Blooms Day (Foto: Raphael Gierez)

As apresentações do Blooms Day aconteceram nas mais diversas línguas, como português, espanhol, inglês, ucraniano e até croata. Para o professor Edson, essa pluralidade, mesmo em momentos que a incompreensão da língua impera, enriquece a todos. “Para os nossos ouvidos, para a gente perceber essa pluralidade cultural, ou seja, sentir as várias línguas. Eu acho isso tudo muito positivo”, afirma.

Quem foi ao Blooms Day e aprovou a iniciativa foi o professor do Departamento de Psicologia, Matheus de Freitas Brandão. Para ele, que participa a festa pelo terceiro ano, esse é um momento único na região. “O que acontece aqui sempre me provoca certa surpresa, são apresentações que não imaginava acontecer aqui. Afinal, Irati é uma cidade relativamente afastada do cenário cultural e isso do inusitado me traz aqui. Sempre tem uma coisa nova, sempre tem alguma coisa interessante”, comenta.

Festa teve participação das comunidades universitária e de Irati (Foto: Raphael Gierez)

A maioria das apresentações da noite foram feitas por alunos da Unicentro, como a estudante do segundo ano do curso de Letras-Português, Adriana Specht. A acadêmica acredita que além de um momento de diversão e emoção, o Blooms Day é mais uma ferramenta importante para sua formação. “Principalmente para a gente que estuda literatura vir aqui aprender e aperfeiçoar os conhecimentos que a gente aprende em sala de aula. Então, acho que é muito motivante para nós, futuros professores, vir aqui, ver essas apresentações, porque isso vai ajudar bastante na nossa formação”.

Enquanto uns foram se apresentar, outros alunos foram apenas para prestigiar o Blooms Day  e lotaram o Empório São Luiz. Exemplo disso é a estudante de pedagogia Emily de Almeida. “Eu acho que é uma abertura para que pessoas possam estar participando de eventos culturais como esse, acho bem importante mesmo”, defende.

Para o mestrando em História Bruno César Bill, o mais importante do Blooms Day é despertar o interesse pela obra de James Joyce. “É interessante trazer um autor europeu para cá porque é um autor que eu não tenho esse reconhecimento de quem é. Então, foi pesquisar, entender mais um pouco da literatura que ele produz, né?”.

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