Estudantes apresentam os resultados de 761 pesquisas de iniciação científica durante a Siepe

Estudantes apresentam os resultados de 761 pesquisas de iniciação científica durante a Siepe

A 30. edição do Eaic, o Encontro Anual de Iniciação Científica, neste ano, integrou a programação da Siepe, que é a Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão da Unicentro. A edição de 2021 do encontro reuniu 761 trabalhos. Desses, 709 são das modalidades Pibic, que é o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, e Pibis, o Programa de Apoio à Inclusão Social. Além dessas pesquisas, acrescenta o professor Luciano Farinha, que é diretor de Pesquisa da universidade, também foram apresentados trabalhos desenvolvidos no âmbito do Ensino Médio e em instituições de ensino superior de outros países. “No oitavo Eaic-Jr, que é o Eaic voltado para os alunos de Ensino Médio, temos 28 trabalhos de sete escolas dos municípios de Guarapuava, Foz do Jordão e, também, de Irati. Pela primeira vez, nós teremos o Eaici, que é o Encontro Anual de Iniciação Científica Internacional, com 24 trabalhos”.

Participam dessa primeira edição do Eaic cinco instituições – a Universidad Veracruzana, do México; a Universidad Nacional de Canindeyú e a Universidad Nacional de Asunción, do Paraguai; a Universidad Tecnológica de Panamá; e do Instituto Politécnico de Viseu, de Portugal. Um dos trabalhos apresentados nessa modalidade foi o da estudante Maria Criselda Cabral, da Universidad Nacional de Asunción. A pesquisa desenvolvida, conta Criselda, é relacionada a duas espécies florestais. “O objetivo foi identificar os gêneros fúngicos presentes nas sementes de Cordia trichotoma e Cedrela fissilis. A pesquisa apresentada foi concluída em quatro meses, mas ainda falta o teste de patogenicidade dos gêneros identificados. Participar do Encontro Anual de Iniciação Científica pela primeira vez é uma experiência gratificante, em que pude demonstrar os resultados da minha pesquisa, representando meu curso e minha universidade”, explica.

Para o professor Enrique Benitez, que orientou a pesquisa de Maria Criselda, o Eaici é uma oportunidade para que os estudantes troquem experiências e conheçam trabalhos de pesquisa desenvolvidos em outros países. “Dessa forma, também podem ter uma dimensão do alcance que pode ter o trabalho que estão realizando. É um espaço muito bom para potencializar a pesquisa dos estudantes que, mais adiante, serão os futuros pesquisadores de mestrado e doutorado, gerando conhecimento para nosso país e para as diferentes áreas em que estão trabalhando”.

Entre as pesquisas realizadas por estudantes da Unicentro, está a da acadêmica Fernanda Castanho Oliveira, que está no último ano do curso de Fisioterapia. Essa é a terceira iniciação científica desenvolvida por ela e o trabalho tem como título “Efeitos do programa de educação em dor na qualidade de vida de usuários do SUS: modalidade de telessaúde”. O trabalho, conta Fernanda, começou de forma presencial em 2019 e em 2020 foi adaptado para a modalidade de telessaúde devido ao início da pandemia. “O objetivo do nosso projeto sempre foi proporcionar aos usuários uma abordagem biopsicossocial, buscando aliar crenças e pensamento junto ao tratamento físico, baseando-se na edução em saúde, que é um tema muito tratado hoje em dia. A partir dos resultados, nós conseguimos observar o perfil dos participantes do grupo e a importância da manutenção do estado de saúde, uma vez que os que participaram do estudo apresentaram tendência de melhora comparado àqueles que não receberam intervenção alguma”.

Para a professora Marina Pegoraro Baroni, que orienta o trabalho de pesquisa, eventos científicos como o Eaic são importantes para divulgar as pesquisas desenvolvidas e elevar o conhecimento técnico-científico dos acadêmicos e docentes, estimulando a discussão de problemas sociais e proporcionando a integração entre academia e sociedade. “Esses eventos oferecem estímulos para aprofundar estudos, buscar novos conhecimentos, é uma oportunidade de proximidade com a comunidade científica, ampliando a parte prática do curso e desenvolvendo novas teorias a partir do senso crítico reflexivo”, finaliza a docente.

Deixe um comentário