Projetos Órtese e Prótese e Ambulatório de Feridas recebem moção de aplauso da Câmara de Guarapuava

Projetos Órtese e Prótese e Ambulatório de Feridas recebem moção de aplauso da Câmara de Guarapuava

Os projetos Órtese e Prótese e Assistência Básica e Avançada de Feridas Crônicas da Unicentro receberam, na última terça-feira (6), uma moção de aplauso na Câmara Municipal de Guarapuava. A homenagem é o reconhecimento por anos de serviços prestados à comunidade de Guarapuava e região.
O projeto Órtese e Prótese atua há 18 anos aproximando a Unicentro da comunidade. Proposto pelo Departamento de Enfermagem, o projeto de extensão visa fornecer assistência interdisciplinar para portadores de deficiência física. A integralidade de assistência é realizada por meio de acompanhamento médico, de enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, além da avaliação, treinamento e dispensação de próteses, órteses e meios auxiliares de locomoção  a fim de reinserir os pacientes na sociedade e no mercado de trabalho.

Atualmente, o projeto recebe pacientes da 5ª e da 6ª Regionais de Saúde do Paraná e, ao todo, já chegou a atuar em 80 municípios no estado, em uma área que abrange uma população de mais de 2,5 milhões de pessoas. Até agosto deste ano, foram realizados 136.340 atendimentos multiprofissionais aos mais de 8.800 pacientes cadastrados no serviço.

É um reconhecimento do que a gente tem feito por tanto tempo. São 18 anos. Não é pouca coisa. É a minha casa, é onde eu me sinto muito bem e é, realmente, uma escola de formação para qualquer profissional de humanidade. É um projeto que é reconhecido estadualmente. A gente já atendeu a Macrorregião Leste do Paraná, 80 municípios; já estivemos na região metropolitana de Curitiba. A Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), o Governo do Estado nos conhecem muito bem, mas o município de Guarapuava não nos conhece. Esse reconhecimento, essa forma das pessoas conhecerem realmente como que o serviço funciona, que ele existe e que as pessoas podem ser reabilitadas, que elas têm um direito a uma vida digna, eu acho que é muito importante. Porque essa é a nossa intenção, é devolver uma vida digna para a pessoa com deficiência”, declara a docente do Departamento de Enfermagem e coordenadora do projeto, Maria Regiane Trincaus.

Pacientes atendidos pelos projetos também estiveram na sessão

Exemplo de como a universidade deve atuar na sociedade. O programa também serve como um grande campo de prática para os cursos da área de Saúde do campus Cedeteg, aliando a teoria com a prática, nos pilares de ensino, pesquisa e extensão. “Tudo depende da vontade das pessoas que estão envolvidas. A gente não tem ali dentro do ambulatório um único professor envolvido, a gente tem um departamento envolvido, a gente tem vários cursos envolvidos ali dentro do projeto Órtese e Prótese e isso torna muito mais fácil o ensino, a pesquisa e a extensão. Ele é campo de estágio para os nossos alunos de vários cursos, é um projeto de extensão e a gente faz várias pesquisas ali dentro”, diz Maria Regiane.

Caminhando lado a lado com o projeto Órtese e Prótese nos últimos 12 anos, o projeto de extensão Assistência Básica e Avançada de Feridas Crônicas também foi homenageado e reconhecido pelo trabalho feito junto à pessoas com ferimentos que não cicatrizam depois de três meses. Considerado um problema complexo de saúde pública, o tratamento de feridas crônicas demanda muito estudo e pesquisa, visto que o ferimento geralmente é reflexo ou sintoma de algo mais complicado que está por trás e que não foi bem manejado. Mais de 800 pessoas já foram atendidas pelo projeto, totalizando mais de 22 mil atendimentos, com feridas que variam de 3 meses a 57 anos sem fechar. O percentual de alta por cura dos pacientes é de 80%, o restante segue o tratamento e são motivo de estudos dos integrantes do ambulatório.

É com muita satisfação que a gente recebe esse prêmio e é de extrema importância para a divulgação do papel da Unicentro nos problemas da sociedade, promovendo a reabilitação física e social das pessoas. A gente não age só na ferida, a gente age na vida delas e isso é muito importante”, avalia a docente do Departamento de Enfermagem e coordenadora do projeto, Carine Teles Sangaleti Miyahara, que há 25 anos trabalha com a temática.

É uma honra e um prazer destacar que estes dois projetos maravilhosos, que recuperam a autoestima, a vida do ser humano, acontecem dentro da universidade pública. É a nossa Unicentro, a Unicentro que é uma universidade estadual, pública e gratuita, está aqui para trazer inclusive a saúde, a dignidade para as pessoas, além de todo o desenvolvimento humano que nós sabemos que a educação proporciona”, declara a proponente da moção de aplauso, vereadora Terezinha Daiprai.

Vereadora Terezinha entrega Moção de Aplausos à professora Maria Regiane

Vários vereadores teceram elogios ao serviço prestado pela Unicentro e sua comunidade acadêmica no âmbito humanitário e social, alguns inclusive citando experiências que já tiveram com os projetos e outros parabenizando ao tomar conhecimento da iniciativa. “Eu, particularmente, não conhecia. Fiquei muito feliz com o que vocês colocaram aqui para nós. É muito importante esse trabalho que vocês desenvolvem e é muito importante que seja divulgado e valorizado”, afirma a vereadora Beatriz Aparecida Neves.

O plenário contou com a presença de diversos ex-alunos, colaboradores, docentes, agentes comunitários e pacientes. Destaque para a dona Edite que, acompanhada de parentes e amigos, levou um cartaz como forma de agradecimento. “A paciente falou para mim que ela representava aqui todos os outros. São pessoas humildes, são de fora, que tem dificuldade de acesso até o nosso serviço, mas a presença dela fechou com chave de ouro esse evento, o reconhecimento dela é a representação do nosso trabalho concluído”, finaliza Carine Teles Sangaleti Miyahara.

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