Projeto de extensão da Unicentro é tema de pesquisa no Equador

Projeto de extensão da Unicentro é tema de pesquisa no Equador

A estudante equatoriana Alba de Jesús Tobar obteve nota máxima pelo seu Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “Análise da experiência de cinema comunitário na cidade de Guarapuava, Paraná, Brasil, a partir do estudo de caso do Cine Jordão”, defendido no curso de Cinema e Artes Audiovisuais, da Universidade das Artes, localizada na cidade de Guayaquil. O TCC é resultado de estudos iniciados por Alba, no segundo semestre de 2019, quando ela esteve na Unicentro, sem mobilidade acadêmica, e acompanhou aulas nos cursos de Jornalismo e Arte.

“A experiência que eu tive no Brasil foi uma parte muito importante da minha vida, da minha carreira também, porque eu posso dizer ‘fiz tudo lá, fiz o intercâmbio, fiz um projeto de lá’. Então, acho muito importante essa parceria entre as universidades para poder fazer o intercâmbio e fazer o projeto de pesquisa”, avalia Alba.

Alba conversa com o professor Eduardo, durante mobilidade em Guarapuava (Foto: acervo pessoal)

Durante a estadia em Guarapuava, Alba se interessou pelo relato dos professores Eduardo Yamamoto e Francismar Formentão, do Departamento de Comunicação Social, sobre o projeto de extensão Cinejordão, coordenado por eles e com atividades nos anos de 2017 e 2018. A ação extensionista ofertava, gratuitamente, oficinas de fotografia e realizava filmes com pessoas da comunidade da Vila Jordão que puderam, depois, assistir suas próprias atuações.“Quando o Eduardo me falou eu achei muito interessante trabalhar com comunidades e ensinar cinema também. É muito legal porque você ensina uma parte da arte do cinema para as pessoas que têm esse interesse também por aprender”, conta Alba.

O Cinejordão, segundo o professor Eduardo, promovia uma espécie de alfabetização audiovisual. A ideia, diz, “era levar conhecimento da universidade para comunidades fora, que tinham, digamos assim, um nível socioeconômico baixo, e a ideia era levar uma espécie de alfabetismo audiovisual para essas comunidades. A gente acabou realizando em escolas numa primeira etapa e, depois, quem assumiu o Cinejordão foi o professor Francismar e ele foi fazer em outros espaços da Vila Jordão.”

A principal estratégia do projeto foi fazer brotar ou fortalecer vínculos comunitários, através da produção de filmes, despertando o engajamento ou o comprometimento de pessoas que não se conheciam, mas que passaram a se conhecer durante a produção. Elas se envolveram, assim, com a história do outro e com a história do próprio bairro. E é esse trabalho que foi relatado por Alba em seu TCC, que foi avaliado pelas profesosra Julie Tomé, da França, e Nadia Aracelly González Castro, do Equador. Ambas destacaram a importância do projeto ao levar o conhecimento cinematográfico a estudantes do ensino fundamental e médio de escola públicas.

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